A vida punk dos Tara Perdida de regresso à Invicta

As portas da sala 1 do Hard Club abriram às 21:00 e a meia dúzia de pessoas que entrou a essa hora não fazia prever a lotação quase esgotada que, uma hora depois, berraria “O Que É Que Eu Faço Aqui” em uníssono com os Tara Perdida.

Por outro lado, dado o sucesso que a banda punk construiu ao longo destes quase 30 anos de carreira, não foi propriamente uma surpresa ver tanta gente ali, a cantar e a saltar, de sorriso de orelha a orelha.

“Boa noite Porto. Estávamos cheios de saudades vossas” foi como Ruka se dirigiu ao público, e o sentimento era claramente recíproco. Não tardou a elogiar a energia daquela noite, daquela gente, e como era prova de que as rivalidades Porto x Lisboa, Norte x Sul não tinham qualquer significado: “Juntos somos mais fortes”.

Perdeu-se a conta às vezes que “TARA PERDIDA” foi gritado, em jeito de cântico, entre as músicas, e a ovação ao falecido João Ribas deve ter atravessado as paredes. “Jogar De Novo E Arriscar”, “Baril”, “Batata Frita”, “Lisboa” – esta iluminada por várias lanternas de telemóveis erguidos, e onde Ruka, aqui e ali, substituiu no refrão “Lisboa” por “Invicta” -, “Desalinhado” (a última antes do encore) ou “Bairro De Alvalade” (a última da noite) foram apenas alguns dos momentos de uma vida punk revividos em pleno.

“Não podemos passar tanto tempo sem tocar aqui. Obrigado Porto! Vamos de coração cheio!”.

🖋 📸 Renata Lino

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