A Guitarra Portuguesa como nunca se ouviu…

E se a guitarra portuguesa deixasse de ter fronteiras e o estilo musical, a atitude e as composições fossem radicalmente diferentes da abordagem tradicional?

Foi este o desafio a que Henrique Borges se propôs ao abraçar o seu novo trabalho “Incursão”.

Nesta incursão, os caminhos são desbravados, com mestria, pelo músico, que, a solo, ousa criar um trabalho disruptivo, que inclui um álbum, um livro de fotografia e um conjunto de vídeos alicerçados no tema da exploração urbana, pegando na guitarra portuguesa e nas suas sonoridades e dando-lhe uma nova roupagem, sem fronteiras nem estilos definidos.

Este disco é para ser ouvido enquanto se descobrem os lugares abandonados que inspiraram o artista, lugares que o tempo fez esquecer e que aguardam pacientemente por aqueles que os querem (re)descobrir. Ali encontram-se as melodias intemporais, repletas de nuances que exigem um desligamento do agora. O violoncelo de Vânia Moreira e o acordeão de Pedro Santos marcam o passo, a guitarra clássica de Graciano Caldeira dá os acordes, enquanto a guitarra portuguesa de Henrique Borges descobre e oculta, avança e recua, sossega e agita.

Para os espectáculos ao vivo o músico conta ainda com  as vozes de Maria João Sousa e Beatriz Janes.

A música, é a grande inspiradora e precursora do projeto; os videoclipes, são a dimensão material da visão de Henrique Borges enquanto compositor; e a fotografia, capta imagens dos locais abandonados onde o autor desenvolveu o projeto, locais entregues à Natureza e em constante transformação mas que, por esta via, ficam guardados num suporte físico, inalterável no seu conteúdo. Assim, complementando-se, estas três áreas dão vida à visão artística de Henrique Borges.

Muitas são as estórias que o músico trouxe dos milhares de quilómetros que percorreu para concretizar este projeto e que marcaram profundamente este trabalho, sendo nele refletidas. Viagens por países como a Namíbia, Bélgica, Alemanha, França e Itália, entre outros, muitos outros.

Exuberante ou contemplativo, este projeto é um passeio que fica na memória sem se perder no tempo

 

Concertos:

19 Maio – Auditório Camões, Lisboa

30 Junho – Capelas Imperfeitas – Mosteiro da Batalha, Batalha

27 Julho – Centro Histórico, Braga

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