A energia única em palco de Tom Jones no EDPCOOLJAZZ

Falar de Tom Jones é falar do que foi (e é) a música e o entretenimento nos últimos 60 anos. Do alto dos seus 79 anos, Tom Jones neutralizou na verdadeira definição da palavra o palco do EDPCOOL JAZZ na noite de quinta feira, 25 de Julho, perante um público que não lhe ficou atrás.

Com uma vitalidade sem precedentes, a magia das canções, do homem em palco e da sua capacidade de manter atenta uma plateia, constituída em grande parte por súbditos de Sua majestade, Tom Jones foi a imagem do que deu a conhecer ao longo de 6 décadas dedicadas à música.
Acima de tudo, Sir Tom Jones é um homem do entretenimento, os anos passados em Las Vegas deram-lhe a bagagem necessária para enfrentar os palcos de uma forma directa e acertiva, sendo sempre ao longo do concerto um bom comunicador com o público.

Ao longo de 23 canções, Tom passou em revista os seus temas icónicos tais como “Sex Bomb”, a provocar a primeira loucura da noite e levantar o público das cadeiras, o eterno “Delilah”, a paródia “What’s New Pussycat?“ e o intemporal “It’s Not Unusual” numa versão mais musculada a atual.
A sua carreira vive também de (muitas) memórias como referiu, Tom Jones recordou concertos com Elvis Presley em Las Vegas e o gosto de ambos pelo gospel, escolhendo “Run On” um tema tradicional para recordar essas memórias de finais dos anos 60. Recordou ainda o encontro com Peggy Lee, recriando a sua versão muito própria de “Fever”, um orginal de Eddie Cooley.
Passou pela folk com o tradicional “Raise a Ruckus”, abanou com blues de “Shake, Rattle and Roll”, um original de Big Joe Turner & His Blues Kings e não esqueceu temas clássicos de Leonard Cohen (“Tower of Song”) ou de Randy Newman, popularizado por Joe Cocker no filme 9 semanas e Meia (“You Can Leave Your Hat On”)

De forma emotiva regressa para o encore com um tema que dedica sobretudo ao mundo que o rodeia e a todos os que lutam para o melhorar, “What a Wonderful World” de Louis Armstrong, e não esquece um dos temas que muitos aguardavam, “Kiss”, a canção de Prince que gravou nos anos 80 juntamente com os Art of Noise.

Tom Jones aos 79 anos continua a ser uma aposta ganha em palco. Ao longo de 90 minutos mostrou que a idade não é um obstáculo quando se faz o que se gosta. De forma abrangente, rock, blues, gospel ou soul, fazem parte do vocabulário musical deste nome maior da música popular universal dos últimos 60 anos e que fulminou por completo o palco do EDPCOOLJAZZ.

‘Long live Sir Tom Jones’

Alinhamento:

Burning Hell

Run On

Mama Told Me Not to Come

Did Trouble Me

Raise a Ruckus

Sex Bomb

Fever

Take My Love

Shake, Rattle and Roll

Cry to Me

Delilah

Soul Of Man

Tower of Song

I’ll Never Fall in Love Again

Green, Green Grass of Home

What’s New Pussycat?

It’s Not Unusual

You Can Leave Your Hat On

If I Only Knew

I Wish You Would

 

Encore:

What a Wonderful World

Kiss

Strange Things Happen Everyday

Fotografias / Reportagem: Paulo Homem de Melo

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