Luisa Amaro conquistou, desde há muito, e graças ao seu invulgar talento e personalidade, um lugar à parte no panorama dos cultores da guitarra portuguesa.
Discípula de Carlos Paredes e, por isso, também continuadora dele e de Artur Paredes, Luisa Amaro soube construir, no instrumento a que se dedicou, uma presença própria, sendo, sem margem de dúvida, a mais destacada das raríssimas mulheres que se dedicam ao mesmo.
A guitarra portuguesa, em suas mãos, ganha um inimitável intimismo feminino: compõe e dedilha, através de delicadas e nostálgicas paisagens sonoras, a saudade e a melancolia que sangram do coração magoado da nossa guitarra.
Da canção à milonga, os acordes que escutamos dão como que um solidário conforto à condição humana.
Esta voz plangente que atravessa mares toca-nos, em todas as músicas apresentadas, graças à autenticidade que derrama sobre nós, como foi possível comprovar no passado sábado, 16 de novembro no Cine-teatro Paraíso em Tomar
A acompanhar Luisa Amaro em palco estiveram Gonçalo Lopes e Mafalda Lemos.
Alinhamento:
Canção para Carlos Paredes
Maio de 78
António Marinheiro
Romance N°1
Porto Santo
Olympvs
Canto de Amor
Canto do Rio
Canto do Amanhecer
Verdes Anos
Frustração
Jardim da Sereia
Mouriscas/Cantigas do maio
🖋 Redação
📸 Arlindo Homem