Flak assina a banda sonora do filme CASA FLUTUANTE, a mais recente longa-metragem do realizador José Nascimento. Com a banda sonora de CASA FLUTUANTE, Flak acrescenta à sua, já longa, lista de trabalhos a composição para música clássica.
Para um filme passado entre as margens do Guadiana e a selva Amazónica os timbres que agora apresenta são mais clássicos e intemporais do que é hábito. “Pensei, como base de trabalho, num quarteto de cordas a que adicionei pontualmente piano, contrabaixo e flauta. Como contraste, também usei alguns ambientes eletrónicos e piano preparado” diz João Pires, mais conhecido por Flak, o pseudónimo com que se apresenta.
A intenção é que através da música se sintam as várias linhas narrativas do filme. “Parti de temas melódicos, índios, para enquadrar a personagem Araci (Carolina Virgüez). Nos sonhos de Joana (Inês Pires Tavares), optei por uma abordagem impressionista, inspirada no exotismo tão em voga na arte do final do séc. XIX, nos quadros de Rosseau ou nos livros de Júlio Verne. Já nas cenas de Adriana (Carla Maciel) e Xavier (Bernardo Mayer), o som é mais denso e atonal, sublinhando a tensão latente destes personagens.”
A banda sonora desta longa-metragem acrescenta uma novidade aos trabalhos de Flak: a composição em partitura para música clássica, um exercício que obedece a um rigor e a uma formalidade que outros trabalhos mais pop, por exemplo, não impuseram. O som do filme resulta também de uma parceria muito estreia entre realizador e compositor. A propósito dela Flak afirma “Trabalhei pela primeira vez com o José Nascimento em 2004 no filme “T2 Quarto andar”, em parceria com João Galante, uma produção para o festival “Temps d´Ímages”. Sentimos logo uma forte afinidade criativa.”
Em CASA FLUTUANTE, a música, a que inicialmente caberia um papel menos interveniente, foi ganhando espaço e acabou por dar origem a vários temas que Flak lança em formato digital, em março, após a estreia do filme que acontece no início do mês, dia 3, nos cinemas.