Vai ser assim o último trimestre de 2022 no Auditório de Espinho

O último trimestre do ano, no Auditório de Espinho | Academia (AdE), abre com um concerto inédito de duas datas, 30 de setembro e 1 de outubro, coincidindo, a última, com o Dia Internacional da Música. O concerto junta a Orquestra de Jazz de Espinho (OJE) à Orquestra Clássica de Espinho (OCE), para “Miles Davis Sinfónico: Kind of Blue”, a partir de um arranjo orquestral do trompetista e compositor britânico Guy Barker, sob a direção musical de William Godchild, do álbum mais vendido da história do jazz.

Ainda para os amantes de jazz, o lendário trio brasileiro Azymuth, com cinco décadas de carreira e mais de trinta discos, pisa o palco AdE, dia 8 de outubro, para darem a conhecer aquilo a que foram os primeiros, na música brasileira: a fusão do jazz-funk com o samba, introduzindo novas sonoridades, com a utilização de sintetizadores e outros sons, característicos dos anos 70.

 

Outubro continua, no dia 21, com a voz inconfundível de Haley Fohr, no projeto Circuit Des Yeux, para a apresentação do novo disco “io”, que se destaca pela qualidade do instrumental, com arranjos orquestrais, dentro das sonoridades da folk experimental. Da programação do mês, fazem ainda parte o duo Luís Duarte & Lígia Madeira, para um concerto de piano a quatro mãos, que se diferencia por ser um concerto comentado pelo maestro António Victorino D’Almeida, no dia 28.

 

Em estreia absoluta nacional, a banda de jazz islandesa ADHD, responsável por alguma da música mais criativa feita na Europa na última década, pisa o Auditório de Espinho | Academia, dia 29, para sons nunca antes ouvidos, onde saxofone, órgão, piano, sintetizador, guitarra e baixo se juntam, e nomes como Miles Davis, Radiohead, Dr. John e Steely Dan são citados.

 

Novembro começa com um concerto da OCE, dia 4, inserido no evento organizado pela Junta de Freguesia de Anta e Guetim “Anta – Capital do Violino“, onde serão revisadas obras do Classicismo e Romantismo. Elicia Silverstein, violinista americana, será a solista da noite, com um programa que se destaca por obras orquestrais de Mozart e Moniusko.

Da clássica, o Auditório segue para as raízes da música tradicional e multicultural com Amélia Muge e o seu disco “Amélias“. À voz de Amélia vão se juntar mais vozes de mulheres, de Amélias, e três vozes instrumentistas (violoncelo, teclado e percussão). O Palco AdE veste o feminino na noite de 5 de novembro. De volta ao jazz, com a OJE, dia 11, e a presença de Eduardo Cardinho, no vibrafone, e Miguel Moreira, na guitarra, para um concerto de originais, que marcam o álbum de estreia da orquestra.

O ciclo itinerante Misty Fest apresenta um total de três concertos em novembro, no AdE. 19 de novembro, a australiana Lisa Gerard, dos Dead Can Dance, em estreia absoluta do espetáculo com o teclista britânico Jules Maxwell, apresenta o disco lançado em 2021 “Burn“.  Dia 20, Edu Lobo & Mônica Salmaso, cantam juntos os tesouros musicais do Brasil e do mundo, acompanhados por um quarteto de excelência, composto por Cristóvão Bastos no piano, Jurim Moreira na bateria, Jorge Helder no baixo acústico e Mauro Senise nos sopros. Para finalizar o ciclo dos concertos do Misty Fest no AdE, Roger Eno, dia 24, apresenta o seu disco “The Turning Year”.

 

Jenny Hval regressa a Portugal para três concertos, sendo um no Auditório de Espinho | Academia, dia 22. A cantora norueguesa traz consigo o seu mais recente álbum “Classic Objects”, escrito durante a pandemia. O final de novembro e início de dezembro, destacam-se pela presença de dança contemporânea e teatro na programação. “Last“, uma criação dos coreógrafos São Castro e António M. Cabrita com produção da associação Play False e música ao vivo pelo Quarteto de Cordas de Matosinhos, é apresentada no dia 26 de novembro. No dia 3 de dezembro, o poema de Álvaro de Campos vai ser revisitado com a Companhia João Garcia Miguel para o espetáculo “Ode Marítima”, também ele acompanhado com música ao vivo, pelo grupo composto por quatro concertinas, Danças Ocultas.

Desta programação faz ainda parte Michael Gira a solo, cantor e multi-instrumentista norte-americano da banda Swans, com a primeira parte assegurada por um outro membro do grupo, o guitarrista alemão Kristof Hahn, dia 8.

 

O ano termina a celebrar o cinema e a música juntos, dia 9 com um concerto do trio clássico Vignette com Daniel Bernardes (piano), João Barradas (acordeão) e Filipe Quaresma (violoncelo), inspirado em obras de Teresa Vilaverde, Manuel de Oliveira, João Botelho e Sérgio Tréfaut. E, nos dias 16 e 17 de dezembro, com a cantora sueca Isabella Lundgren e a Orquestra Clássica de Espinho, com um concerto em homenagem aos 100 anos da data de nascimento da atriz Judy Garland.

 

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