“Vida a Mil”… Um sussurro que é um grito à sensibilidade

É do dia-a-dia que Maria Bentes fez com que Silly nascesse do seu “eu” mais íntimo e sincero. Surge sem anunciar, de forma muito orgânica e experimental, de uma necessidade de expressão e ganha vida nesse ponto de convergência entre os seus dois prazeres mais antigos: a música e as palavras.

 

Em “Vida a Mil” as palavras sussurradas por Silly soam mais alto que muitos gritos. Segundo a artista, “a ideia nasceu quando o EU.CLIDES me enviou um instrumental. Escrevi os versos numa viagem de autocarro entre Serpa e Lisboa, com as planícies meio-secas a disparar o gatilho para começar a escrever e a pintar um quadro. Essa natureza-morta que visualizamos na letra é uma metáfora para muito daquilo que sinto quando penso em mim e nas memórias que tenho. Acabei por pegar naquilo que vi na terra e traduzir o sentimento de ser de todo o lado e de lado nenhum.” A palavra ganha ainda mais força com o videoclipe realizado por Miguel Tavares, a direção fotográfica de Luís Moreira e a direção artística de Rita Matos.

Com 3 singles editados desde 2019, o primeiro EP de SillyViver Sensivelmente” começa-se a desvendar depois de uma atuação elogiada no Festival MIL. O EP de estreia de Silly conta com a produção de Pedro da Linha e, para além da parceria com EU.CLIDES, no single “Vida a Mil”, acrescenta ainda uma colaboração com a dupla de produtores brasileiros Deekapz.

A edição está agendada para outubro e fica a cargo da XXIII, um coletivo de produtores e comunicadores de música assente na quebra de barreiras entre géneros musicais. A editora e agência do Porto é também promotora de algumas das festas mais emblemáticas da cidade.

 

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