Verão da casa encerra na Sala 2 da Casa da Música

O encerramento do verão da casa decorre a 16 e 17 de setembro na Sala 2 da Casa da Música. Para este evento, com a curadoria da agência Pinuts, marcam presença 2 artistas nacionais e outros 2 internacionais em duas noites totalmente diferentes. Na noite de 16 de setembro vão estar em evidência as sonoridades eletrónicas de Nova Materia (Chile/França) e Holly (Portugal), enquanto que a 17 de setembro, a Palavra será o mote com a presença de NERVE (Portugal) e Micah P. Hinson (EUA) (na foto).

A música poderosa e hipnótica de Nova Materia incorpora sons misteriosos gerados por materiais brutos e minerais (metal, rochas, etc.). A sonoridade da banda já se expande por festivais e clubes, bem como nas artes visuais e em comunidades de performance. Nova Materia é um dueto composto por Caroline Chaspoul (França) e Eduardo Henriquez (Chile) que nasceu há três anos das cinzas de Panico, grupo de rock alternativo chileno com o qual Caroline e Eduardo viajaram pelo mundo e lançaram vários álbuns. Depois de dois EPs trazidos à estampa em colaboração com a produtora francesa Chloé e sua editora Kill The DJ, Nova Materia está agora junta a nomes como Acid Arab, Konono Nº 1, Juana Molina, Yasmine Hamdan e Matias Aguayo no catálogo da Crammed Discs.

 

Por sua vez, Holly é Miguel Oliveira, jovem DJ e produtor natural das Caldas da Rainha que já conquistou um lugar na companhia dos maiores nomes da indústria internacional da música. Começou a produzir aos 18 anos e, desde então, construiu uma carreira prolífica e sempre promissora que o levou aos Grammys e ao Coachella. Produziu músicas para CL, Gunplay, A$AP TyY, OG Maco , UnoTheActivist, Jay Park , Lee Hi , Slow J, entre outros.

 

Artista multidisciplinar com trabalho nas áreas de escrita, produção, design gráfico, ilustração, animação 2D, realização e direcção artística de vídeo, NERVE é uma pérola rara do rap português. Na maioria do seu catálogo musical assumiu totalmente as responsabilidades de escrita, interpretação, produção, gravação, mistura e arte gráfica. Ao vivo, sobre instrumentais de baixos pesados e batidas sujas, debita letras sombrias, contundentes, livres de censura, e actua na companhia de Il-Brutto. A sua discografia inclui dezenas de participações e uma mão cheia de projectos a solo, como os álbuns “Eu Não das Palavras Troco a Ordem ou Trabalho & Conhaque”. Em 2020 apresentou “Tríptico”, faixa tripartida na qual rappa em três registos diferentes, tendo um ano depois dado cartas no programa “Primeira Vez” de Sam The Kid, com a estreia ao vivo da faixa “100 Problemas”.

 

Micah Paul Hinson é um cantor e guitarrista texano que se move numa estética americana/country e cujo álbum de estreia, “Micah P. Hinson and the Gospel of Progress”, foi lançado em 2004 sob uma chuva de elogios da crítica. Sucederam-se, “Micah P. Hinson and the Opera Circuit” (2006) e “Micah P. Hinson and the Red Empire Orchestra” (2008). De então para cá, tem-se consolidado o culto ao carismático texano, que em 2018 reuniu 24 músicos que desempenharam um papel importante na sua formação e gravou com eles, em 24 horas, sob o nome Micah P. Hinson and the Musicians of the Apocalypse, o álbum “When I Shoot at You With Arrows, I Will Shoot To Destroy You”, uma obra de arte que não deixou ninguém indiferente. Foi um momento de colocar tudo em questão, de trazer a vida e a morte para a equação da música. E o resultado parece ter sido a descoberta de um novo caminho.

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