Van Zee bate à porta de Carolina Deslandes em vésperas “do.mar”

O que têm em comum Sebastião Caldeira e Carolina Deslandes?

Ouvir Drake pode ser um ponto de partida. E “À Tua Porta” é onde ambos acabam por chegar. Foi esse o endereço pelo qual se cruzaram no último single, produzido por FRANKIEONTHEGUITAR e realizado por Tommy Loureiro, de antecipação de “do.mar”, título do novo álbum de Van Zee.

Primeiro Diogo Piçarra, depois Ivandro e agora Carolina Deslandes. Desde que deixou a ilha, o prodígio madeirense tem mergulhado em águas bem mais profundas ao encontro dos maiores “tubarões”. E rapidamente se tem tornado também ele em peixe graúdo, maturação inevitável depois de se dar a conhecer com uma presença mais notória no mercado continental. Se em “Aporia”, álbum de estreia que editou em 2021, já ameaçava vir a ser um caso muito sério nestas bandas, do.mar, sucessor do seu primeiro longa-duração a solo, vem confirmar o que por estes dias é mais que evidente: os números não mentem, não fosse ele o artista nacional mais ouvido no Spotify nestes últimos meses.

Mas, mais que os números, é o próprio que não mente: honestidade artística é o maior trunfo que Van Zee tem a trazer para a mesa, e é isso que, em boa verdade, o tem prendido a cada vez mais gente. Até porque é quase sempre sobre um só tema maior que o artista versa: o amor está invariavelmente na boca de Van Zee, e “À Tua Porta” confirma essa regra. Carolina Deslandes é, por isso, uma valiosa aliada na causa do autor cujos desígnios do coração falam sempre mais alto. Não será, portanto, a música de Drake a razão pela qual ambos dedicam poesia debaixo da janela. O mal é mesmo a saudade, que não os deixa seguir em frente, porta fora

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