Valeu mesmo esperar pela reunião dos Blur…

É normal, num concerto normal, ouvir a apresentação das canções, mas os Blur não são uma banda normal e esse é um estilo que não assiste aos Blur.

Apresentando uma set list compactada de sucessos como “There’s No Other Way”, “Beetlebum”, “Song 2” ou “Coffee & TV” entre outras, completada por uma performance enérgica e uma presença livre e solta em palco, Albarn percorre um vasto espaço temporal em palco dando a sensação que tudo o que ali se passava era natural, bem como a forma agradável, ou não, de desafiar o público a cantar as canções que iam surgindo, mesmo que fossem temas novos ou longe das playlists dos menos atentos.

 

Oito anos depois da edição do último álbum, “The Magic Whip”, e respetiva digressão, os cavaleiros do apocalipse, perdão da Britpop, mantiveram em palco o seu estilo distinto, desde a forma como o baixista Alex James assume a liderança melódica quando Graham Coxon rasga um solo de guitarra, até à discussão e troca de olhares em palco a lembrar uma sala de ensaios.

Com um novo álbum no horizonte, as novas canções de “The Ballad of Darren”, foram colocadas com ousadia no set. “St. Charles Square”, tema que abriu o concerto e “The Narcissist” entre os clássicos na reta final, levando toda a banda destilar a melancólica de forma lenta e aprofundada em “Tender” e “The Universal” a fechar a noite.

Valeu mesmo esperar pela reunião dos Blur… venham as novas canções de “The Ballad of Darren”.

📸 Paulo Homem de Melo

🖋 Sandra Pinho

 

 

 

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