Um Piquenique no meio da cidade e com muita música…

Pelo 5º ano a Sister Ray resolveu dar música à cidade do Porto, organizando mais uma vez o Piquenique dançante sobre a relva.
Mais uma vez o local escolhido recaiu nos jardins da Casa das Artes em pleno coração da cidade do Porto.

A partir das 14h enfrentou-se o calor com mantas e cestos de comida para ganhar forças para dançar, o calor não ajudou, mas também para assistir a uma maratona de 6 concertos ao longo da tarde solarenga de sábado.
Sombras escolhidas e os Ghosts of Port Royal faziam as honras de abertura de uma tarde passada entre os refrescantes verdes do jardim.
Sem dança mas com muita energia, a banda do Porto recebia os convidados ao som de rock puro e duro, com fortes raízes no som de Detroit do final dos 1970s mas com um pé bem assente no séc. XXI.

Ditou o alinhamento que os Glockenwise seriam a segunda banda a animar a tarde. Debaixo de um calor intenso, a banda de Barcelos quase derreteu o seu “Plastico”, o último disco editado. Apesar das extremas condições e à beira de uma insolação, palavras de Nuno Rodrigues, o trio de Barcelos agora em versão alargada apresentou as canções do seu “Plastico”, mesmo sem derreter.

Tidos como o bando de foras-da-lei mais procurado… fizeram uma paragem na tarde de sábado nos jardins da Casa das Artes no Porto. Depois de uma dose de Mojitos numa praia no México depois de uma fuga atribulada ás autoridades, O Bom, o Mau e o Azevedo, que não são um trio, brindaram a tarde com o seu garage rock, numa ode aos western spaghettis. Pelo meio da fuga ficamos a conhecer as canções do disco de estreia homónimo. No final lá prosseguiram a sua fuga…

Era tempo do ‘mestre’ (mais uma vez palavras de Nuno Rodrigues) assentar (literalmente) arraias no palco.
JP Simões obrigou o público a levantar-se da sua preguiça cobiçada pelo próprio músico, deslocando as mantas para mais perto do palco, numa altura que a sombra já era senhora de todo o espaço. Ao longo de uma hora, JP cantou e falou das canções que cantou assumindo a sua postura de mestre das canções. Deixou o palco com esforço mas como disse tenho que ser profissional.

E por falar em profissional, PZ e a sua banda do Pijama trouxeram a realidade dura e crua do dia-a-dia com as suas canções já ao final da tarde. O pijama sempre a apontar para ambientes mais aconchegados, PZ conseguiu aproximar o público para perto do palco e conseguiu finalmente que a dança, ainda de forma tímida, colorisse o final de tarde que se esbatia por trás do palco.

A fechar uma tarde de música, a energia e a ironia única de “Santa Rita Lifestyle” dos Conjunto Corona.
Uma iniciativa única, que pelo 5º ano deu música à cidade num ambiente excepcional, que são os jardins da casa das Artes no Porto.

Fotografias e Reportagem: Paulo Homem de Melo

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