O rock and roll foi feito para amar, sim, mas também para dançar, mas pelos vistos o público do último dia do EDP Vilar de Mouros estava mais concentrado nos nomes que se adivinhavam depois do Homem Tigre.
Habituado a um público energético, o sentimento de dever não cumprido junto de uma plateia amorfa levou por vezes ao desespero em palco um homem que de amorfo em palco nada tem. Não há nada como o estrépito do som da guitarra e a ameaça de uma voz tecida nas imagens da América profunda de canções fantasiosas para libertar da fantasia e a revolta de cada um.
Ao longo de uma hora de concerto, Tigerman mostrou que continua com performances lendárias e os vários duelos, em menor número, diga-se, com João Cabrita, e a prestação incrível da não menos incrivel Catarina Henriques na bateria ajudam a isso mesmo.
“Fix Of Rock’N’Roll” começa também a ganhar um significado poderoso semelhante à “21st Century Rock’N’Roll”, que fechou como é habitual o alinhamento com a também já habitual explosão de energia e loucura junto do público que se libertou apenas por uns minutos no final.
Fotografias: Paulo Homem de Melo
Reportagem: Sandra Pinho