“The Art of Song vol.2 – Between Sacred and Profane” é o segundo trabalho discográfico de Filipe Raposo e Rita Maria

“The Art of Song vol.2 – Between Sacred and Profane”, é o segundo trabalho discográfico de Filipe Raposo e Rita Maria. Sucede a “The Art of Song, Vol:1 When Baroque Meets Jazz “ lançado em 2020, também pela Roda Music. A edição de “The Art of Song vol.2 – Between Sacred and Profane” está agendada para 16 de dezembro.

 

The Art of Song, nasce das influências musicais que moldaram artisticamente Rita Maria & Filipe Raposo e que coabitam num território próprio – o da música erudita, do jazz e do cancioneiro tradicional – os quais são, aliás, premissas para esta criação.

Neste segundo volume, gravado em outubro deste ano, na Igreja de Santa Maria em Idanha-a-Velha, celebra-se o papel do canto e da sua força telúrica como factor primordial na socialização, na passagem de conhecimento e no acompanhamento das actividades rituais do trabalho e da religião, do mundo dos homens e dos deuses.,  através de canções colhidas de épocas e contextos distintos.

O repertório surge assim organizado por temáticas que nos conduzem pela bruma do tempo: as Deusas e os Homens, os Ritos e o Trabalho, as Mãos e os Frutos, da Vida e do Amor, do Berço à Cova, num Eterno Retorno revisitado geração após geração.

 

“Os ritos e os mitos têm desempenhado uma função de procura e ligação ao profundo, de regresso à origem, na explicação dos mistérios; apaziguam e reconfortam, conferindo significado e valor à nossa existência. Nas culturas que separam o mundo do divino do mundo do quotidiano, a relação entre Sagrado e Profano pode ser interpretada como religião e não religião. No entanto, nas sociedades arcaicas, cada intervenção do homem no ambiente rural, como o abrir a terra com um arado ou o derrubar uma árvore da floresta, possuem os ritmos de uma sacralidade latente, não se sentindo diferenciação entre as actividades laico-profanas e a actividade sagrada. É como se vivessem numa permanente imersão no sagrado. Existe uma pulsão unificante, onde tudo é sagrado e profano.“ Filipe Raposo

“Uma chuva não é só chuva no momento em que cai. Começou em água que o calor das emoções evaporou, nuvem que se foi deslocando, juntando momentos, sabedorias e afectos. Ao cair, desliza, inclina-se em leito de rio, campo de cultivo, braço de mar, montanha. São tantos os terrenos de onde parte. É a memória dos afectos evaporando. Vários tempos de escuta e de cultivo que, evaporando conhecimentos e outras águas, se foram juntando numa ou várias nuvens de ideias. Depois de caída, torna o chão mais permeável a novos plantios, a novas colheitas, a novas águas evaporando, subindo de novo ao céu do que mais importa.” Amélia Muge

 

Concertos de lançamento

16 dezembro 2023 – Centro Cultural da Malaposta, Odivelas

23 janeiro 2024 – Teatru Manoel, Valletta, Ilha de Malta

 

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