Salão Brazil recebe 12 Concertos no mês de Setembro

São muitas e boas as propostas para este regresso de férias do Salão Brazil, incluindo projetos musicais provenientes da China e do Uganda, estreias de outras relevantes bandas britânicas em território nacional e o habitual destaque para a nova música portuguesa e para o Jazz.

 

A programação tem início com a banda chinesa WU TIAO REN (5 de setembro), banda formada em 2008 por três habitantes de Haifeng, um bairro da cidade de Shantou, província de Guangzhou. As suas composições cantam as vidas de marginais na China, num estilo marcado pela influência da ópera local e canções de pescadores.

 

Dois dias depois (sábado, 7 de setembro), o Salão acolhe o trio Max Moon do jovem baixista e compositor Ivo Xavier. A seu lado, estarão João Mortágua (saxofones alto e soprano) e Alexandre Coelho (bateria). Prestes a terminar os seus estudos na Holanda, Ivo Xavier mostra os temas que farão parte do seu disco de estreia, que será lançado muito em breve.

 

No dia 11 de setembro, os britânicos Drahla estreiam-se em Portugal. Os Drahla são um trio inglês composto por  Rob Riggs no baixo, a vocalista/guitarrista Luciel Brown e o baterista  Mike Ainsley. Trazem na bagagem o seu disco de estreia, intitulado “Useless Coordinates” e as melhores indicações por parte da crítica e dos pares. A abrir para os Drahla estará Acid Acid, o projeto do radialista e melómano Tiago Castro, que irá apresentar temas do disco que sairá em breve.

 

Dois dias depois, outro double bill, desta feita com as conimbricenses Spicy Noodles a abrirem a noite para o duo britânico Catenary Wires.

Rob Pursey e Amelia Fletcher apresentarão o novíssimo ‘”Til the Morning”, álbum com um som cheio de camadas que reflecte a variedade de instrumentos usados na gravação. Os Catenary Wires chegam a Portugal depois de dois meses na estrada, no Reino Unido e nos E.U.A.. Por sua vez, Érika Machado e Filipa Bastos voltam a mostrar os temas do mui aguardado disco de estreia das Spicy Noodles, cujo lançamento tem sido repetidamente adiado fruto de uma série de infortúnios.

 

A semana termina com um concerto muito especial (no domingo, dia 15 de setembro, pelas 17h30), celebrando o 10º aniversário de You Can´t Win, Charlie Brown, a super-banda que junta Afonso Cabral, Salvador Menezes e Luís Costa, David Santos, Tomás Franco de Sousa e João Gil.

 

No dia 18 de setembro, o Festival APURA tem uma pré-apresentação no Salão, trazendo

para o palco da Baixa de Coimbra duas bandas emergentes (Mad Mojo Groove e Salvador D’Alice) que espelham bem as intenções deste festival de arte e música independente de Coimbra.

 

A 19 de setembro, o Salão acolhe novamente uma voz emergente da cena conimbricense. Trata-se de Eduardo Branco que apresenta em primeira mão temas do disco que verá a luz nos primeiros meses de 2020 e que sucede ao EP “Ilusão”.

 

Numa semana inteiramente dedicada à nova música portuguesa, o palco da Baixa de Coimbra receberá, no dia 20 de setembro, os The Walks que trazem consigo a edição em vinil do seu “Opacity”, primeiramente lançado em 2018 pela Lux Records. A abrir a noite estará Nancy Knox, apresentando o seu EP “Pit of Despair”.

No dia seguinte (21 de setembro), é a vez dos The Happy Mess regressarem ao Salão Brazil, desta feita trazendo consigo os temas do mais recente disco “Dear Future”.

 

A fechar o mês, um semana com grupos exclusivamente internacionais. Na terça feira, dia 24, Matteo Bortone Trio mostra “ClarOscuro”. O contrabaixista e compositor Matteo Bortone faz-se acompanhar por  Enrico Zanizi (piano) e por Stefano Tamborrino (bateria)

 

A 27 de setembro o Salão volta a acolher mais um dos artistas do catálogo da Nyege Nyege Tapes, influente editora de Kampala que tem contribuído para o reconhecimento internacional da cena musical do Uganda. De Otim Alpha podemos esperar uma celebração, marcada por estruturas rítmicas frenéticas que apelam à dança.

 

O derradeiro concerto do mês (28 de Setembro) cabe a Jacco Gardner, músico com um lugar cativo na lista dos mais relevantes nomes do psicadelismo contemporâneo. Os primeiros discos “Cabinet of Curiosities” e “Hypnophobia” mostraram-nos esse universo de estranheza futurista, onde o pop se enchia de detalhes barrocos, contos de fadas e amores vintage. Terá sido por aí que a Pitchfork o apelidou de “studio wizard” e que Portugal, e o mundo, se apaixonaram pelo que fazia. Traz-nos o mais recente trabalho intitulado “Somnium” e vamos poder ouvi-lo num ambiente imersivo, tal como Gardner o pensou, em quadrifonia.

 

 

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