Rock Nordeste 2019… Já são conhecidas as primeiras confirmações

Cinco anos depois de regressar com um novo formato e após uma última edição com um cartaz avassalador, o Rock Nordeste está de volta para a sexta edição, cheio de quê? Música Portuguesa.

A 14 e 15 de junho, sexta e sábado, respetivamente, os melhores nomes da música portuguesa apresentam-se no Parque Corgo, margem esquerda do Rio Corgo, e no Auditório Exterior do Teatro de Vila Real

Fogo Fogo (na foto) é o projecto de Francisco Rebelo (baixo), João Gomes (teclas), Márcio Silva (bateria) e Danilo Lopes e David Pessoa (vozes/guitarra). Ainda há muitos segredos na música, muitos terrenos por explorar, e um desses segredos é o funaná de Cabo Verde, da Ilha de Santiago. Começam a aparecer sinais de que o funaná pode ser a próxima explosão das pistas internacionais. Fogo Fogo são uma urgente manifestação de uma cultura que, qual vulcão, está prestes a explodir. Os músicos envolvidos são ultra-experientes, profundos conhecedores dos múltiplos grooves de inspiração africana tendo marcado presença nos mais importantes festivais nacionais. A banda assume a mais primordial das missões: fazer dançar sem truques, apenas com energia de bpms carregados, com a bateria e o baixo em permanente derrapagem e os sons inspirados na “gaita” (a concertina) a comandarem a identidade melódica.

Fogo Fogo prepara o lançamento do próximo EP, com data de lançamento prevista para Junho de 2019. Podem muito bem ser o acontecimento do ano que ainda ninguém descobriu. Mas depois da erupção, nada vai ficar igual.

 

“Misfit” assume-se como um ponto de viragem no percurso de Paulo Furtado, já que é o primeiro álbum em que abandona o formato one man band, e conta com a participação de Paulo Segadães, na bateria, João Cabrita no saxofone barítono e Filipe Rocha no baixo. Aplaudido pelo público e pela crítica, “Misfit”, o sexto álbum de The Legendary Tigerman, mereceu destaque na lista dos melhores discos do ano na Glam Magazine. O sucessor de “True” foi gravado no final de 2016, no lendário estúdio Rancho de La Luna, no deserto californiano de Joshua Tree, onde já gravaram Rainhas da Idade da Pedra, Arctic Monkeys, Iggy Pop ou Foo Fighters. A história deste álbum começa com o road movie, “How To Become Nothing”, um projeto de três partes: Paulo Furtado, Rita Lino e Pedro Maia. O filme mostra a interação de um casal na ponta da faca e conta com a participação da atriz Alba Baptista e Paulo Furtado, que aqui acumula as funções de compositor, intérprete, argumentista e diretor. A produção é garantida por Bando à Parte e Rodrigo Areias, e a cinematografia é do maestro Jorge Quintela.

Depois de ter estado no Rock Nordeste na edição de 2017 com um concerto que incendiou o público, regressa agora ao Parque Corgo com o novo trabalho.

 

Pedro Coquenão é um produtor, diretor artístico e coreógrafo da florescente cena musical de Lisboa, onde tem criado e desenvolvido trabalho nas áreas da música, dança, artes plásticas e visuais. Utilizou pela primeira vez o pseudónimo “Batida” na Antena 3 e RDP África em 2007. O que originalmente foi um programa de rádio concebido para promover a nova cena musical africana tornou-se, ao longo do tempo, um projeto colaborativo pelos vários continentes, reunindo bailarinos, DJs, MCs e artes visuais. Ao longo de sua carreira, Batida lançou vários álbuns na Soundway Records e colaborou com vários artistas como Konono N ° 1. A sua mais recente performance, The Almost Perfect DJ, nasceu do convite de Vhils para a primeira edição do Festival Iminente, em Oeiras, em 2016. Este ano, enquanto participa em projectos diferentes, nomeadamente a elaboração da banda sonora para uma peça de dança e prepara o novo disco, vai lançar mais um volume da compilação “The Almost Perfect Dj Vol.2” com temas inéditos, bem como estrear uma longa sobre esta mesma performance. São raros os seus DJ Sets, um deles, em Londres, tornou-o o primeiro Português e Angolano a protagonizar uma sessão do Boiler Room e soma já 5, entre Londres, Paris e Lisboa. Tem músicas e remisturas espalhadas por catálogos de diversas editoras, destacando a Lusafrica, que representa artistas como Cesária Évora, Bonga ou Tito Paris, e escolheu-o para uma compilação de celebração dos seus 30 anos de existência onde Batida teve a responsabilidade e o privilégio de refazer um tema do Bonga.

A entrada é livre e oferece dois dias repletos da melhor música que se faz no país.

 

photo: Paulo Homem de Melo / arquivo Glam Magazine

 

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