Rock à Moda do Porto 2023 Take II

Ontem, dia 21 de outubro, na Super Bock Arena, decorreu o segundo e último dia do festival Rock À Moda Do Porto.

O grupo que abriu este último dia foi os TÁXI. O recinto não estava lotado, longe disso, mas a plateia, em pé estava cheia, fora o grupo de pessoas espalhadas pelo diversos lugares do recinto.

Quando os TÁXI começaram a atuar, ainda mais público entrou.

Aos anos que não via em palco João Grande, Rui Taborda, e o resto da banda. Nomeio estes dois membros, uma vez que os conheci, cheguei a fazer praia, nos anos 80, com a Céu, e a Nini, mãe e irmã de Rui Taborda, em Leça da Palmeira, quase em frente ao já inexistente Restaurante Garrafão. Só quem é do Porto é que sabe!

Em relação à atuação dos TÁXI, na minha opinião, foi só a atuação da noite.

João Grande, em excelente forma física, fez quilómetros em palco, sempre a puxar pelo público, que ainda tinha na memória os temas, “Cairo”; “TVWC”; “Rosete”; “Hipertensão”; “Não Sei Se Sei”, …, entre outros.

Os meus destaques, para além da performance de todo o grupo, em especial do vocalista, como já referi, vai para os temas, “Vida De Cão” e “Chiclete”. A atuação da banda foi espetacular, sem sombra de dúvida, e não era só o público dos anos 80 a vibrar, vi muitos jovens a cantarolar, e a vibrar com este grupo, que pelo que percebi vai regressar à estrada.

Pouco depois, subiram ao palco os Clã, que dispensam apresentações.

Manuela Azevedo, vocalista da banda, dona e senhora, de uma voz, inconfundível e única, presenteou-nos com temas como, “Pensamentos Mágicos”, “Armário”; “A Arte De Faltar À Escola”; “H2Homem”; “Sexto Andar”. Mas, os meus destaques desta atuação dos Clã, vão para a atuação conjunta, com a grande Capicua, nos temas, “Circunvalação” e “Gaudi”, que foi transcendente.

Não posso deixar de destacar os temas, “o Sopro Do Coração” e “Dançar Na Corda Bamba”, os quais fecharam a atuação do grupo. Não posso deixar de referir que durante a atuação dos Clã, já se encontravam menos pessoas no recinto, e quando terminou a sua atuação grande parte do público foi embora.

A fechar este festival, assistiu-se à atuação dos Mão Morta.

Esta banda, que tem um público mais específico, é uma banda de culto que associa a literatura ao rock. Confesso que não é uma banda que ouço, daí só me poder referir aos temas interpretados, “Budapeste”; “Pássaros A Esvoaçar”; “Em Direto (Para A Televisão)”, …  .

Por esta altura, ja eram só os verdadeiros apreciadores desta banda de rock avant-garde, liderada por Adolfo Luxúria Canibal, presente na plateia.

Concluindo, posso afirmar, e muitos concordarão comigo, que esta última noite, do festival, foi a noite dos TÁXI, assim como, a primeira noite foi a de Pedro Abrunhosa.

Não quero, com esta opinião, tirar o mérito a nenhuma das bandas que atuaram, que foram todas elas extraordinárias, mas tenho que ser coerente com o que vi, e ouvi da parte do público.

Estes dois dias de Rock À Moda Do Porto foram magníficos, reuniu público de diversas idades, gostos musicais diferentes, e sobretudo fez-nos voltar atrás  no tempo, quando a música portuguesa começou a ser ouvida, e devidamente apreciada.

A música não tem idade!

 

🖋 Ana Cristina

📸 Sergio Pereira

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