Paulo Flores apresenta novo álbum “Independência” em Lisboa

Paulo Flores é um dos maiores nomes da música popular de Angola, embaixador do semba no mundo e nome respeitado por várias gerações de músicos graças aos vários trunfos que colecionou ao longo de mais de 30 anos de carreira. Da sua voz de ouro solta-se outra perspectiva de uma língua que é muito mais vasta do que por vezes se admite. Pela sua voz de ouro passa outra perspectiva da própria História de Angola, talvez não a dos livros, mas a História que se faz das pessoas que na rua não esqueceram as suas memórias, carregando-as em tudo o que fazem. Paulo Flores é a voz dessa História e desse povo. Este é um artista que, enfim, tem muito que dizer.

 

Faz por isso mesmo pleno sentido que Paulo Flores entregue a sua voz à celebração da Independência de Angola de que se assinalou o 45º aniversário no passado dia 11 de Novembro, a data que inspira a canção “Amanhã (11 de Novembro)”.

Esse é o mote para um espectáculo que terá lugar no Coliseu de Lisboa no próximo dia 21 de Maio, uma ocasião especial em que o cantor apresentará o seu novo trabalho, cujo título é, precisamente, “Independência”, e que deverá ser editado durante o mês de Abril. Com cerca de duas dezenas de títulos numa das mais celebradas discografias de Angola, o novo trabalho que inspira esta apresentação ao vivo é especial. As canções de Flores falam uma verdade que toca fundo no coração de todo um povo, canções que carregam alguma saudade, mas também traduzem visões para o futuro, canções que exaltam a liberdade e a fraternidade, a harmonia, sempre com um balanço próprio, puramente angolano, mas que sabe acercar-se da canção tropical brasileira ou até da dolência do fado.

 

A 21 de Maio próximo festeja-se, portanto, esta Independência, que é um marco na História de Angola, claro, mas que também é uma palavra que define bem o próprio coração independente de Paulo Flores, o homem que na canção “Esse País” canta “não vou falar política, nem vou formar partido, mas tenho que dizer, tenho que dizer, esse país está bom”.

 

 

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