Terminou este domingo, 29 de agosto, a 13ª edição do FUSO – Anual de Videoarte Internacional de Lisboa com a revelação dos filmes vencedores de 2021, numa cerimónia que decorreu no Museu da Marioneta, em Lisboa.
O júri, presidido por Margarida Chantre (Fundação EDP/MAAT) e composto por Irit Batsry (artista visual), Isabel Nogueira (historiadora de arte), Susana de Sousa Dias (realizadora) e Welket Bungué (vencedor do Prémio Aquisição do FUSO 2020) decidiu atribuir o Prémio Aquisição Fundação EDP/MAAT à obra Lapso de Sofia Arriscado e Costanza Givone pela sua única e singular abordagem visual e sonora, apresenta a criação de uma analogia do não observável e do incompreensível que deste modo, num registo vídeo, toma forma e se torna atingível por quem o vê. A sua manifesta qualidade auto-reflexiva e pessoal não deixa de nos remeter para a metáfora das fronteiras que todos nós percorremos no tempo presente, justifica.
O júri decidiu ainda atribuir uma Menção Honrosa às artistas Helena Inverno, Verónica Castro e Bouchra Ouizguen pelo vídeo Transhumance.
Já o Prémio Incentivo Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual, resultado da votação pelo público, foi atribuído à obra Passagem, realizada por Tânia Dinis.
Em 2021, o FUSO recebeu mais de 220 candidaturas, tendo o director artístico do festival, Jean-François Chougnet, selecionado 16 obras finalistas de artistas portugueses e estrangeiros a residir a Portugal. A adesão crescente que o Open Call tem tido nos últimos anos, mas sobretudo não podemos deixar de referir a grande qualidade dos trabalhos que nos chegou e que nos permite perceber que o campo da videoarte em Portugal tem um espaço artístico próprio que se tem vindo a consolidar com muito talento, afirma Chougnet. Recordar que estes são os únicos prémios atribuídos a obras de videoarte, em Portugal.
A partir de segunda-feira, 30 de agosto, os filmes premiados, assim como todas as sessões, ficam disponíveis para visualização online até à meia-noite de domingo, 5 de setembro.