O Vale Perdido volta a atravessar Lisboa de som

O VALE PERDIDO, programa cultural que agitou Lisboa pela primeira vez o ano passado, na sua edição de estreia, volta para a sua 2.ª edição: de 13 a 16 de novembro. Durante quatro dias de programação, a música atravessa vários espaços inusitados de Lisboa, passando pelo Armazém do Grilo, B.Leza, Centro Ismaili, Cosmos e Lisa. São 11 propostas de música (e uma performance a anunciar) criativa e diversa.

Destaque para o regresso de Jessica Pratt a Portugal, que traz o seu mais recente álbum “Here in the Pitch”, já um dos grandes discos de 2024, tendo reunido consenso entre público e a crítica especializada, em publicações como a Pitchfork, Rolling Stone, NPR, entre outras. As canções banhadas pelo sol dourado da Califórnia ganham aqui um brilho luminoso, de verão tardio e memórias junto à falésia. É uma estreia em formato banda em Lisboa.

Pelo Centro Ismaili em Lisboa, um dos principais pontos religiosos e culturais da comunidade muçulmana em Portugal, passam as palestinianas Maya Al Khaldi, Sarouna e Dina Mimi. Com elementos do folclore na boca de cena, as vocalizações de Maya andam lado a lado entre a tradição oral e novas formas de expressão. Uma cerimónia para os nossos tempos.

Pelo Vale Perdido estreiam-se ainda os norte-americanos Purelink (Sala Lisa), Elena Colombi (Armazém do Grilo) ou a Banda Sousa, representantes de Funaná Kotxi Pó (no ringue de boxe do Cosmos), género de música e dança que foi criada pela população camponesa da ilha cabo-verdiana de Santiago no período pós-escravatura do final do século XIX.

Sobre o regresso do Vale Perdido à noite lisboeta, os programadores (Sérgio Hydalgo, Joaquim Quadros e Gustavo Blanco) referem:

“A primeira edição do VALE PERDIDO foi construída de uma forma livre e independente, com o propósito de juntar artistas que queríamos ver ao vivo. Ao longo de vários dias, construímos um arco de programação, juntando música diversa, por vezes, de universos aparentemente opostos, em vários espaços de Lisboa. Sentimos que conseguimos, de forma espontânea, chegar a públicos diferentes, permitindo a descoberta musical e a circulação pela cidade. Regressamos agora ao VALE PERDIDO com o desejo de partilhar música nova, celebrando heróis, desafiando músicos que admiramos para se apresentarem noutros registos e em novos espaços – um centro cultural e religioso muçulmano, um ringue de boxe e um antigo estúdio de artista.”

🖋 redação / press release

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