Ontem, dia 2 de dezembro de 2023, na sala 2, da Casa Da Música, no Porto, os Fingertips, fizeram-me viajar no tempo. Esta banda passava, constantemente, na rádio há cerca de vinte anos atrás.
O vocalista, Zé Manel, detentor de uma voz poderosa, que fica no ouvido, continua igual, apenas algumas marcas físicas da passagem do tempo, mas a voz manteve-se.
Não consigo entender como é possível existirem tantos bons compositores, e ninguém se lembrar desta voz.
A sala 2, da Casa Da Música, estava cheia, aliás, o público em pé, estava compactado. A assistência estava toda dentro da mesma faixa etária, isto é, toda na ternura do recordar, no voltar atrás no tempo.
Como todos sabemos, ou seja, os que conhecem a banda, os músicos são muito bons, e a voz do Zé Manel enche o palco, a sala onde decorre o espetáculo. Destaco o regresso da banda, uma vez que eles são muito bons.
Destaco os temas, “Something Has Broken”; uma música que continua a fazer parte da minha playlist; “My Everyday”; “Picture Of My Own”; “You’re Gone”; “Cause To Love You”, interpretado com Noble, foi magnífico.
Mas, para mim, o tema da minha eleição, que nunca sairá da minha playlist, “Melancholic”. Amo de paixão este tema, é lindo, e foi um dos temas que todos cantaram, sentiu-se no ar uma nostalgia, um recordar de vivências marcantes.
Ainda bem Zé Manel regressou à banda, não questionando o valor de Joana Gomes, mas para mim os Fingertips só fazem sentido com a voz da formação inicial.
Gostei bastante, foi um misto de recordações, de voltar a vê-los em palco. Bom regresso.
🖋 Ana Cristina
📸Sérgio Magalhães
