O grotesco de Fever Ray no Vodafone Paredes de Coura

E de repente estávamos num desfile de moda grotesco. Quando Fever Ray (também conhecida como Karin Dreijer) e a sua banda exclusivamente feminina subiram ao palco para o concerto de encerramento do palco Vodafone no segundo dia do festival, cada músico desfilou como se estivesse numa passerelle, envergando fatos extravagantes.

Surgem lentamente perante uma plateia em silencio, uma de cada vez ocupando os seus lugares específicos em palco. A última a aparecer foi a própria Dreijer, de fato, gravata e “maquilhada” com traços de tinta preta e cor-de-rosa espalhada à volta dos olhos e dos lábios.

À memória vieram imagens de Madonna na década de 90 a tocar na festa BDSM. Passaram oito anos desde que Dreijer lançou um álbum sob o nome Fever Ray após o final dos The Knife, a banda que deu a conhecer Karin Dreijer.

A sexualidade desempenhou um papel importante no concerto de Fever Ray mesmo nos momentos mais calmos do concerto como “Red Trails” atingindo o ‘climax’ em bangers como “To the Moon and Back” e “Wanna Sip” terminando com “Keep the Streets Empty for Me”.

Um final de noite grotesco e em êxtase perante um público tímido mas empolgado. 

🖋 Sandra Pinho

📸 Paulo Homem de Melo

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