O Gringo Sou Eu apresenta novo álbum “Sente O Peso”

Frankão, aka O Gringo Sou Eu, tem como formação espontânea o convívio na periferia e favela brasileira. Observador inquieto, em Portugal desde 2010, resolveu criar este projecto de letras inspiradas na sua visão do mundo, de beats fervorosos e linhas simples.

 

Depois da cassete “Música de baixa qualidade” em 2015 e do EP “Cada Vez Pior” em 2018, apresenta-nos neste atípico 2020 o seu novo disco, “Sente o Peso”.

O álbum foi lançado em dois formatos: vídeo-concerto e lyric vídeo, e está disponível gratuitamente nas plataformas digitais.

O Gringo Sou Eu descreve desta forma o novo trabalho:

“Apresento a vocês o meu novo álbum, de nome ’SENTE O PESO’.

Seu início de criação remonta já a 2017, ano em que pretendia partilhar a mudança que o velho continente e sua carga histórica vinha fazendo na minha vida. Mas como bem disse, pretendia, porque as coisas se alteraram.

A meio desse caminho, fui surpreendido por crises de ansiedade. Insônia e pânico me fizeram tomar outro rumo, conheci a meditação como forma de tratamento e segui em frente.Através da meditação consegui ter uma consciência maior do que se passava comigo. A paternidade me fez chegar àquela fase da retribuição, à responsabilidade do que vou deixar aqui e a quem isso pode interessar. As letras também tomaram outra direção. No fundo, me liguei novamente ao meu lado espiritual que sempre foi sólido e do qual nunca deveria ter me afastado.

O álbum-resultado tem dois capítulos: o capítulo 1, Além-Mar, fala da minha visão após 10 anos vivendo em Portugal e reafirma minha ancestralidade indígena e portuguesa. Nele me situo como fruto da exploração humana perante o mundo que vivemos; no capítulo 2, Além-Mente, retrato meu reencontro com a espiritualidade, como ela se enquadrou no contexto geo-político. Reflexões criativas sobre o que nossa conduta influencia e como somos influenciados.

Os capítulos se misturam, reflexo da injustiça social e espiritual. É o mesmo bonde, produto de nossas escolhas e experiências. No meu ver, nossa evolução está ligada diretamente com nossas relações sociológicas que refletem no nosso cotidiano, seja ele moral, físico ou psicológico.

O que plantamos é opção, mas a colheita é obrigatória.

SENTE O PESO. Boa viagem”.

 

Photo: Vinicius Ferreira

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