Noite Épica na Casa da Música

Ontem, dia 24 de setembro de 2021, a Casa da Música foi palco de mais uma tertúlia de João Gil, a terceira, cujo convidado foi o grande e único, Pedro Abrunhosa. O alinhamento desta tertúlia diferiu das duas anteriores, embora o cunho intimista e familiar se tenha mantido.

 

Na primeira parte, João Gil, atuou sozinho em palco, inserido, apenas na caixa de Luz, que não se cansa de referir que foi “o ponto de partida, porque, independentemente, de quem somos, todos brilhamos, todos irradiamos luz”; refere, também, que “a Cultura nunca deixou de ser segura”.

Deste primeiro momento destaco as suas geniais interpretações, quer vocais, quer instrumentais de temas como, “A Seita Tem Um Radar”; “Memórias De Um Beijo”; “Zorro, Razão De Ser”, com Ana Mesquita, tema, que na minha opinião é absolutamente sublime, arrepia, penetra na alma, transborda de cumplicidade e amor; continua com os temas “Deixa-te Ficar Na Minha Casa” e “Timor”.

 

Chama ao palco, Pedro Abrunhosa, o seu convidado desta noite, e a sala 2 da Casa da Música entra em delírio, não só por ser um Grande Homem do Norte, mas por ser um Homem da Cultura, um defensor da nossa Arte. Elogiam-se mutuamente e começam com o tema “Natália, de Pedro Abrunhosa , “Dezembro” de Jorge Palma.

Rafael Gil entra em palco e interpretam “125 Azul”, destaco, também, este momento, porque foi absolutamente brilhante, e Rafael demonstra o excelente músico que é.

 

Segue-se o momento tão aguardado, a interpretação, a solo,  do convidado da noite. Pedro interpreta de forma exímia, acompanhado à guitarra por Rafael Gil, o seu tema, Não Posso Mais”, foi um momento épico, não só pela atuação de Pedro Abrunhosa em palco, mas também, pela prestação de Rafael. O público delirou e não se poupou em aplausos.

 

João Gil regressa ao palco e fala com alguns elementos do público, seus conhecidos, Cristiana Vieira e Ana Trigo, para introduzir, a pedido do público, “Porto Sentido”, tema que é interpretado em conjunto com o público. Interpreta, “O Cheiro Dos Livros”,  “A Fisga”, “Postal Dos Correios, entre outros.

Despede-se e agradece. Enaltece a família, a mulher e o filho e interpreta “Quânticae “Fim. Chama todos ao palco, pois todos são importantes, para que este espetáculo aconteça. Ainda fala com a estilista, Maria Gambina, que se encontra entre o público, também ela, uma visionária.

Despede-se, mas são tantos os aplausos que regressa ao palco para cantar, à capela, juntamente com o público, e todos aqueles que fizeram parte deste grande espetáculo,  “Loucos De Lisboa”.

 

Já tinha saudades de uma noite assim, ninguém ficou indiferente a esta terceira tertúlia, todos saíram da sala 2, da Casa da Música, mais ricos, mais felizes, com uma energia interior mais poderosa, é esse o poder desta Caixa de Luz.

Não posso deixar de referir o trabalho espetacular, único, de cenografia da Ana Mesquita, que neste espetáculo foi diferente dos dois anteriores. Que excelente artista!

Parabéns, o povo português faz coisas fantásticas, tem um talento fora de série e todos temos de nos orgulhar disso, eu, pelo menos, tenho. Adoro o meu país e tenho muito orgulho em ser portuguesa, a nossa Cultura é riquíssima.

 

Reportagem: Ana Cristina
Fotografia: Sergio Magallhães

 

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