Maio é o mês em que a Horta se torna porto de paragem incontornável para velejadores que cruzam o Atlântico. É o mês onde a maior diversidade de cetáceos passa pelos Açores e o mês onde os gins do Peter já se começam a beber ao sol. É também o mês do MUMA, uma janela do Faial para a nova música que sai de Portugal, e que este ano vê acontecer a sua quarta edição.
De 16 a 19 de Maio o Teatro Faialense é o centro nevrálgico de um evento dedicado a mostrar as diferentes formas com que se talha música em portugês, quer tenham uma costela em África, nas Américas ou no Minho, quer usem um computador ou um violão. Com um cartaz pensado à medida para ser simultaneamente inclusivo e desafiante, o MUMA cresceu e traz este ano ao Faial um conjunto mais alargado de projectos que reflectem a riqueza de universos que habitam a nova música nacional. Da indie-pop dos You Can’t Win Charlie Brown à ginga funáná do veterano Julinho da Concertina, da introspecção que sai dos dedos de Filho da Mãe à electrónica quente dos Octa Push, ou do rock’n’roll à séria dos Stone Dead e de Tigra ao rock’n’roll de espírito das festas tropicais de DJ Quesadilla, o alinhamento desta mostra oferece um punhado de concertos que passam pelo topo da produção nacional em vários géneros musicais. Todos estes artistas se estreiam na ilha do Faial e alguns deles, como Filho da Mãe e Julinho da Concertina, vêm aos Açores mostrar pela primeira vez os seus discos novos, o do primeiro acabadinho de sair do forno.
O MUMA é organizado pela associação cultural Música Vadia, uma estrutura faialense dedicada a promover as artes e ofícios musicais na ilha, em co-produção com a Câmara da Horta. Durante os dias do MUMA o espaço do Teatro Faialense é reconfigurado para um formato de mini-festival, sendo retirado o cadeiral e criada uma área exterior que permite a livre circulação entre as várias zonas: sala principal, foyer e zona de bares. Para além do Teatro haverão showcases noutros sítios da cidade da Horta.
