Depois da passagem pelo segundo dia do NOS Alive’23, o rapper espanhol Morad apresentou-se ao vivo este sábado, 21 de outubro, no Coliseu dos Recreios em Lisboa.
Corria o ano de 2019, no mês de março e o rapper, no seu segundo single, “Un cuento”, intencionalmente lançou o que acabou por se tornar uma profecia autorrealizável. Dito e feito: desde então, coisas inimagináveis aconteceram no universo de Morad, um fenómeno que contraria todas as regras não escritas sobre qual o caminho que leva ao sucesso na indústria musical atual.
Em tempos de algoritmos treinados e de campanhas de marketing invasivas, o triunfo deste jovem é o triunfo da verdade. O truque para fluidez com o qual ele pula entre o drill e trap e do rap clássico para o UK garage é o de não haver truque. Sem uma editora a apoiar, sem airplay na rádio, de forma autogerida e orgânica, Morad foi capaz de se infiltrar nas tabelas e playlists como um dos artistas mais ouvidos de Espanha.
Este regresso a Portugal e perante um Coliseu esgotado, Morad demonstrou porque é um dos artistas espanhois com maior projeção internacional
📸 Paulo Miranda
