Maus Hábitos… um mês pequeno mas uma programação enorme

Ainda na ressaca das inaugurações dos dois novos espaços com assinatura do Maus Hábitos – Espaço de Intervenção Cultural, do restaurante Vícios à Mesa e da Saco Azul Associação Cultural no passado mês de janeiro em Lisboa e em Vila Real (que se juntaram ao quarto andar do Porto), eis que entramos em fevereiro com os três espaços a apresentarem três programações de encher olho e que prometem agitar os respetivos territórios e comunidades.

 

O quarto andar na Rua Passos Manuel no Porto vai esticar os 28 dias de fevereiro com 29 eventos.

 

Nos concertos, o Maus Hábitos arranca com Club Makumba, um clube muito bem frequentado: uma criação de Tó Trips (Dead Combo, Lulu Blind) e João Doce (WrayGunn), a que se associaram o saxofonista Gonçalo Prazeres e contrabaixista Gonçalo Leonardo. É um exercício livre, espontâneo, experimental e tribalista.

Abre a janela para uma viagem pelas sonoridades do Mediterrâneo e pela África imaginada, para uma música sem preconceitos e sem fronteiras. Apresentam-se ao Porto já no dia 4.

 

No dia 10 os Baleia Baleia Baleia apresentam o seu “Suicidio Comercial” (editado pela Saliva Diva), o seu novíssimo álbum que tranporta o rock energético do primeiro disco, “mas com uma toada mais existencialista e uma energia mais aproximada da que a banda demonstra em palco”. Serão de energia pura. A 11, MAF, produtor e Dj que apresenta o seu primeiro álbum “Home” (editado pela Monster Jinx).

Como se descreve: “uma música que é proibida e pesada, mas que inevitavelmente quer ser ouvida e dançada, tanto num club físico como imaginário”.

Quase no final do mês, a 24, os portuenses Palankalama trazem à sala de concertos as suas paisagens de jazz, música popular portuguesa, folclore e rock.

 

Mas também se servirão “Sons à Mesa”, com os Fosco (Diogo Alves Pinto e Gabriel Salgado) e CrUdE, “três raparigas e alguns objetos que fazem barulho. Não são música folk nem spoken word, mas tem coisas”, dizem.

 

A pista noctívaga do Maus Hábitos terá também um mês clubbing intenso: Enter The Void. Ghetthoven´s All In Family, Batidão Baile Funk, Shuggah Lickurs, M3DUSA, Partimento (Progressivu), Beyoncé Fest, Purple Hazin´ by Monster Jinx, e a festa de carnaval com os ritmos transantes e rebolantes da KEBRAKU.

 

O Vícios à Mesa toma conta da sala de espetáculos para as suas habituais rubricas de segunda a quarta: as segundas feiras são partilhadas pela “Comédia à Mesa”, com o host Ricardo Couto, este mês a trazer os convidados Daniel “Dagu” Silva (dia 7) e João Rua (14), o “Podcast à Mesa”, com a gravação ao vivo do podcast de Vanessa Augusto, “FEMINA” (dia 21), e a 28 o “Cabaré à Mesa” com CABAREX, “uma viagem contemporânea e absurda ao mundo do cabaré português”. As terças são de “Jazz à Mesa”, com a curadoria da Associação Porta-Jazz. Este mês propõem Peixe Boi, ALTAÏ JEDI, Naiad Splash e José Pedro Coelho Trio.

 

Com a programação da Saco Azul Associação Cultural, as quartas-feiras são noites de “Cinema à Mesa”, com as habituais parcerias com festivais de cinema nacionais e internacionais. Este mês, recebemos três sessões da “Monstra à Solta” com diferentes propostas. Uma longa de animação brasileira, um conjunto de curtas experimentais portuguesas, e longas premiadas ao longo de várias edições da Monstra. No final do mês, as já habituais sessões de cinema no feito e pensado no feminino, com as “Femme Sessions”.

 

Nas Artes, fevereiro arranca já no dia 4 com a inauguração na nossa Sala de Exposições de “RIVVA”, com curadoria de Pablo Berástegui Lozano. “RIVVA” é um trabalho colaborativo entre Elisa Azevedo e Rivva, com a participação da designer Mara Flora e da DJ e música Dianna Excel.

Na sua proposta abordam-se temas como o género, a identidade e a temporalidade. Esta exposição integra os “Outros (Novos) Portos” um projeto da Saco Azul com várias exposições, e que se estenderá por 2022, que tem por missão criar conexões entre muitas cidades como o Porto, Madrid, São Paulo, Minas Gerais, Lisboa, Guimarães, Vila Real, entre outras, fomentando a partilha e a colaboração do repertório de experiências entre esta rede e os seus públicos. Movimentar para transformar, constantemente, num gesto que se quer ininterrupto.

 

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