Os fósseis tecnológicos do futuro guardarão uma espécie de vida remanescente.
Entre silício degradado e circuitos integrados enferrujados, orbitará ainda uma matéria vibrante e autónoma, acumulada e reorganizada sinistramente para além da intervenção humana.
“Kipple” de Random Gods, é a paisagem sonora desse cenário já contido no presente. O impulso rítmico e fragmentário com que a matéria aqui se organiza é tão relativo aos rigores da mecânica como às liturgias tribais. Afinal, as imagens do fim remetem sempre para as mais originárias.
Camada sob camada, o sintético imiscui-se com o natural, à medida que vai sendo antecipada uma incomensurável assemblagem de produtos, máquinas, sujeitos, objectos e dinheiro. Tudo contém em si a semente da sua anunciada obsolescência. Mitificados ou fabricados, somos todos quimer