Fanga é mais uma criação da Karnart concebida segundo o conceito de perfinst, neologismo inventado pela companhia para definir os seus objetos artísticos multidisciplinares, que exploram o cruzamento entre PERFormance (artes performativas, em sentido amplo) e INSTalação (artes plásticas e digitais).
Em Fanga, o espetáculo, a Karnart retoma Fanga (1943), o livro em aberto de Alves Redol, e imprime-lhe a sua própria leitura e “retificações”, cruzando a narrativa do autor sobre violência, exploração, assédio e pobreza, com as gravuras que Manuel Ribeiro de Pavia fez para ilustrar a edição de 1948.
Com conceito, dramaturgia, direção e instalação de Luís Castro, que conta com a assessoria artística do artista plástico Vel Z, Fanga procura enaltecer a força do exemplo, a consciencialização política, a dignidade popular, a solidariedade laboral e o respeito pelo ambiente protagonizados por Manuel Caixinha e companheiros. O espetáculo localiza as obras de Redol e Pavia no palco de cena à italiana do Teatro Nacional São João, oferecendo uma leitura dramatúrgica narrada que integra elementos performativos e plásticos.
A criação da Karnart em coprodução com o TNSJ estreou-se em Lisboa em dezembro e apresenta-se agora no Porto, no palco do São João, entre 8 e 11 de fevereiro. As sessões de quinta-feira e sábado são às 19h00, a de sexta-feira às 21h00 e a de domingo às 16h00.
