Jethro Tull… A Flauta Mágica Invadiu a Invicta

Um sábado frio, 20:00h e um trânsito anormal para o dia e horário, mesmo com as constrangedoras obras do metro. De repente, percebo uma afluência anormal de cotas (inclusive eu), pelas ruas, indo em direção a Superbock Arena. Casais, Pais com filhos mais velhos e alguns mais novitos, mulheres e homens misturam-se pelos Jardins do Palácio de Cristal. Média de Idade: Mais de 50 anos. Mas qual será o motivo?
Duas décadas depois, os Jethro Tull voltam a lançar um novo álbum, “The Zealot Gene“, e vêm apresentá-lo ao público do Porto.

 

Ian Anderson, David Goodier, John O’Hara, Scott Hammond e Joe Parrish, promoveram uma verdadeira viagem ao passado para o delírio do público presente. É difícil descrever qual o estilo deles, uma complexa construção musical nesses 55 anos de carreira, que envolve o Blues Rock, Jazz, Folk, Música Clásica, Hard Rock, Rock Progressivo e talvez mais algumas coisas. Uma grande fusão de estilos, adicionadas num caldeirão, misturadas com a flauta de Ian Anderson e forjando assim, uma identidade única, aliada numa performance de palco bastante forte, com a famosa maneira de Ian Anderson tocar flauta e fletir a sua perna esquerda, lembrando um flautista medieval, um Jogral, que divertia o público pelas praças e palácios.

 

O concerto desta noite foi assim, no meio de vários sucessos antigos e as faixas do novo álbum, foi possível muitas vezes despertar a imaginação. Podemos ser transportados para a Idade Média ou para o meio de uma floresta mágica com elfos e fadas. Ou então entramos numa viagem psicadélica embalada pelo sintetizador e as projeções de vídeo no fundo do palco, ou ainda a abanar a cabeça com os potentes rifs e distorções da guitarra. Com eles tudo é possível.

Uma autêntica viagem, que lavou a Alma.

 

Fotografias / Reportagem: Sergio Pereira

Partilha