Hard Club celebra Abril com Rave da Liberdade

A Rave da Liberdade surge como uma celebração revigorante dos 50 anos do 25 de Abril na sua véspera, dia 24 – evento este fruto do convite feito pelo Hard Club à DJ e ativista Cativo, que reúne nesta festa artistas de vários pontos do país cujo trabalho e luta pela liberdade são indissociáveis.

O clubbing e as raves, espaços de comunhão e cruzamento de pessoas de diversos segmentos sociais por excelência, oferece a possibilidade de cultivar um sentido de comunidade entre quem os procura – algo que está muito em falta numa sociedade onde a solidão, o isolamento e o individualismo excessivo são fenómenos cada vez mais comuns, e a alienação causada pelos mesmos é cada vez mais danosa não só para a saúde e bem estar social, mas ameaça também a nossa democracia e liberdade.

A Rave da Liberdade surge então como proposta para repensarmos estes espaços, e usá-los para criar comunidade e proximidade entre indivíduos. Porque só somos verdadeiramente livres, quando todos somos livres.

As portas da Sala 1 do Hard Club abrem às 22h para uma conversa da Câmara Magmática – podcast criado por Cativo para falar do poder de transformação social da cultura e em especial da música – cujo tema será: como podemos usar o clubbing como ferramenta de liberação pessoal e de consciencialização social?

As pessoas convidadas a participar nesta conversa são talentos emergentes da cidade do Porto: a DJ, ativista e agitadora cultural palestiniana Saya, a dupla genderqueer Runnan e Pedro Colaço das festas Bunda em Brasa, e o coletivo artístico multidisciplinar Sarilho.

No dancefloor, a liberação sente-se nas sonoridades vanguardistas do Drum’n’Bass (e Jungle), que ao fim de décadas de existência nunca foi realmente conquistado ou domado pela indústria discográfica.

A pista abre com um live act onírico de TOMÉ, músico multi-instrumentalista e produtor vindo de Almada, que nos traz as suas refinadas e emotivas produções que vão desde o experimental ao jungle. Podem ouvir o seu trabalho em editoras incontornáveis do underground português como Rotten \ Fresh e ANGEL, ou em colaborações com artistas nacionais como Bejaflor e Maria Reis.

Segue-se o Coletivo Sarilho, em formato DJ Set. Apesar do seu curto tempo de vida, tem contribuído para a revitalização da cena portuense, e tem feito tremer de entusiasmo muitas pistas do Porto – têm uma residência nos Maus Hábitos e no Café Au Lait.

Junta-se também Mix’elle, uma lenda da cena D’n’B nacional com mais de 20 anos de carreira que já a levaram a múltiplos eventos e festivais pela Europa fora. Actualmente colabora com as icónicas festas Angel no Planeta Manas e a Counterpoint, é co-fundadora da Interesting Constellation, e tem visto o seu trabalho destacado na cena internacional pelos mais prestigiados coletivos como EQ 50, Bassdrive, Unchained Ásia, Dynamics UK, SeekSickSound, Rinse Fm, Kool Fm e ultimamente a Sofa Sound Bristol.

O fecho desta celebração histórica fica nas mãos da dupla FUINKI, composta pelo DJ e produtor de Coimbra Assafrão e pela DJ e ativista portuense Cativo, que iniciaram as suas viagens sónicas em 2018 – já tendo incendiado as pistas de venues como Lux, Arroz Estúdios, Planeta Manas e Casa das Artes Bissaya Barreto com as suas enérgicas e imprevisíveis blends de Techno, Breaks, Jungle e Bass.

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