Festival A Porta regressa a Leiria em julho e já tem concertos confirmados

Acontece este ano de forma tripartida, ocupando os três primeiros fins-de-semana de julho, o festival leiriense A Porta que, à sua sexta edição, pretende ser um espaço de encontro da cidade com a cultura, a sua história e a sua memória.

 

Propondo um cartaz multiverso, que inclui concertos, conversas, instalações e cinema, o A Porta vai ter como eixo central o espaço da Villa Portela, a ser ocupado por um conjunto de instalações inéditas de criadores locais e nacionais. Colectivo Til, ± MaisMenos ±, Tenório, Frame Colectivo e Patrick Hubmamn são os artistas convidados para a criação de um percurso que proporá novas histórias e ideias para o espaço localizado no coração da cidade. Os trabalhos, a serem desenvolvidos em residência artística, terão como base as ideias e propostas recolhidas junto da população local ao longo dos últimos meses.

 

Novidade ainda, o concerto de abertura do projecto que Nuno Rancho (Texas Killer Bee Queen, Team Maria) vai produzir com base no trabalho: I’ll Never Play This Live, um conjunto de canções compostas em pleno confinamento. Sob o nome I Guess We’ll Play It Live After All sobe ao palco do festival com João Maneta, Inês Bernardo, Luís Jerónimo e André Moinho, e a participação especial de Rui Gaspar, Pedro Marques, Gil Jerónimo, Ana Santo, Walter Antunes e Arnaud António.

 

Aposta essencial do festival, o programa familiar e educativo d’A Porta estará entregue ao Brincar de Rua, um projecto da Ludotempo – Associação de Promoção do Brincar, que vai propor um conjunto de iniciativas que repensam e reinventam alternativas seguras para brincadeiras ao ar-livre e em contacto com a natureza. Aliando apresentação, criação e pensamento, A Porta vai ser ainda palco para um ciclo de conversas que pretendem potenciar a partilha de visões e experiências de vários agentes que operam em diferentes contextos, em torno de temas como a educação, participação, cultura e comunidades.

Estão confirmadas as presenças de Jorge Brites (Agrupamento de Escolas de Marrazes), José Carlos Mota (Universidade de Aveiro / GOVCOPP), Elizabete Paiva (Materiais Diversos), Marta Silva (LARGO Residências), Micael Sousa (Serious Game) e Pedro Neves (documentarista e jornalista freelancer).

 

O conjunto de actividades propostas pelo festival fecha-se com o ciclo 1001 portas que incluirá um conjunto de iniciativas apontadas à preservação da identidade da região: jogos tradicionais, a edição de um livro para séniores em parceria com a AMITEI Associação de Solidariedade Social de Marrazes, uma biblioteca humana em parceria com a Collippo, a performance Terra de Todos, Terra de Ninguém desenvolvida por adolescentes do Agrupamento de Escolas de Marrazes, são algumas das propostas em cartaz. Fora do espaço do festival será ainda possível visitar a instalação Unificador de Comunidades, dos ColetivU a ser inaugurada na Igreja da Misericórdia e a exposição colectiva Passado Futuro, que levará até à Livraria Arquivo obras de sete fotógrafos sobre o interior da Villa Portela: Ana Veloso, João Ferreira, Joaquim Dâmaso, Luís Lacerda, Ricardo Graça, Rita Cordeiro e, ainda, Nuno André Ferreira, fotojornalista da agência Lusa premiado em 2021 pelo World Press Photo.

 

As novas confirmações juntam-se aos já anunciados concertos de Angélica Salvi, Ariana Casellas, Dada Garbeck e Ricardo Martins, Ece Canli, Braima Galissá, Herlander, Samuel Martins Coelho, Sensible Soccers, Sunflowers, Yakuza e MAU, este último numa parceria com o festival CriaJazz.

Confirmado está também um ciclo de cinema documental que integrará três filmes do cineasta Pedro Neves: Os Esquecidos (2009), Acima das Nossas Possibilidades (2014) e Tarrafal (2016).

 

A sexta edição decorrerá nos dias 2, 3, 4, 9, 10, 11, 16, 17 e 18 Julho. O A Porta 2021 será de entrada livre, sendo obrigatória a reserva de bilhete para cada sessão através das plataformas digitais do evento.

 

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