Europa tradicional e experimental no FMM 2018

O legado dos cancioneiros populares e instrumentos tradicionais encontra a criatividade que abre novas formas de expressão musical. Será assim a presença da música europeia na 20.ª edição do FMM Sines – Festival Músicas do Mundo, marcada para 19 a 28 de julho de 2018, em Sines e Porto Covo.

Ethno-Trio Troitsa (na foto) é um dos raros grupos que tem feito o folclore da Bielorrússia transpor as fronteiras do país. A sua primeira formação surgiu em 1996 pela mão de Ivan Kirchuk, que desde os anos 80 anda pelas aldeias em missão de salvamento de repertório tradicional. Atualmente, é acompanhado por Yuri Dmitriev e Yuri Pavlovsky. Três músicos, mais de 30 instrumentos, centenas de canções tradicionais.

Lajkó Félix, um dos grandes violinistas europeus, nasceu na Voivodina, região multi-étnica no norte da Sérvia, no seio de uma família húngara. O seu primeiro instrumento foi a cítara, que até hoje toca nos seus espetáculos. Com base em Budapeste, colaborou com Alexander Balanescu, Boban Markovic e outros músicos. Toca folk, repertório clássico, rock, blues, jazz e melodias improvisadas.

Monsieur Doumani são Demettris Yiasemides, Angelos Ionas e Antonis Antoniou. Juntaram-se em 2011 em Nicósia para fazer a festa com um tzouras (parente do bouzouki), uma guitarra e um trombone (declinando por vezes noutras variantes de sopros). Um acompanhamento minimal para o canto no dialeto cipriota do grego. O folclore da ilha é a base, enriquecida com novos arranjos, ritmos e sons.

Pekko Käppi & K:H:H:L chegam de Tampere, Finlândia. No centro do seu som está o jouhikko, um dos instrumentos de arco mais antigos da Europa. A partir de uma versão eletrificada deste instrumento, Pekko Käppi criou uma proposta musical entre a folk e o rock psicadélico, com elementos de pop experimental. Pekko é acompanhado pela dupla Tommi Laine e Nuutti Vapaavuori.

De Barcelona, cidade de criadores que ao longo da história fizeram avançar as artes, chega a banda Seward. Formada por Pablo (sintetizadores, efeitos e guitarra), Adriano (voz), Jordi (baixo) e Juan (bateria), classifica o estilo de música que faz como “canção livre” (free song). Guitarras do rock alternativo, pedais, todo o tipo de eletrónica e uma grande multiplicidade de samplers.

Širom é a primeira banda eslovena no FMM Sines. Acústica e quase 100% instrumental, é precária toda a cristalização conceptual do que possam fazer Iztok Koren, Ana Kravanja e Samo Kutin, músicos com origens no punk e no pós-rock. Uma parafernália de instrumentos (do banjo ao ribab, do brač ao balafon) é usada na criação de paisagens sonoras emocionais, compostas e improvisadas.

Sutari é um trio polaco formado em 2012 por Basia Songin, Kasia Kapela e Zosia Zembrzuska. Cantam em harmonia, canções polacas e lituanas, e tocam instrumentos de vária índole: históricos, como o violino e o contrabaixo; tradicionais, como o tambor brasileiro zabumba e o cordofone lituano kanklès; e menos convencionais, como garrafas, raladores e outros utensílios de cozinha.

The Correspondents surgiram em Londres, há pouco mais de 10 anos. São um duo formado por Mr Bruce (MC) e pelo DJ Chucks, aclamados como “reis do hip hop swing”. Swing é mesmo a melhor palavra que os define, o que une o seu percurso onde confluem pop, disco, drum’n’bass, soul e jazz clássico. Com uma preenchida carreira ao vivo, lançaram em 2017 o segundo álbum, “Foolishman“.

 

Também desta zona geográfica, já estavam confirmadas no FMM Sines 2018 as presenças de Chassol (França), Kimmo Pohjonen ‘Skin’ (Finlândia), Kroke (Polónia) e La Tène (França).

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