Com “Sad Behaviour,” Madd Rod desafia as fronteiras do Indie Dance moderno, infusionando-o com elementos de Post-Punk, Synth-Pop, Italo Disco e Acid House.
O resultado é um som distinto e provocador que une sem esforço o passado com o futuro. O álbum é a confirmação berrante do crescimento pessoal do artista, sendo o resultado esmiuçado de 480 horas de produção, divididas entre o seu estúdio em Berlim, o estúdio da Discotexas em Lisboa, e voos sem descanso.
“Sad Behaviour” leva as capacidades de storytelling de Madd Rod a outro nível. Comprometido com um desejo de quebrar todas as regras, ele assume o papel de narrador, tornando o obscuro e o selvagem em partes de um mito urbano.
O álbum reforça a relação do artista com a editora portuguesa Discotexas, um caso musical que começou com o lançamento do EP “Rumors” em 2021 e se aprofundou com “Planet B” em 2022.
Entre as dez faixas, destacam-se duas colaborações. “Xiclet”, com o lendário live-act Noporn, de São Paulo, junta EBM, House e Electroclash. O trabalho de sintetizadores de Rod alia-se à poesia falada de Liana Padilha e Lucas Freire entra com uma trompete e um jam de sintetizadores analógicos.
“Mantra” é uma homenagem ao Synth-Pop, com o artista indie lusitano Tomás Branco, que começou durante a universidade, e foi revisitada múltiplas vezes por mais de cinco anos até encontrar a sua forma final. Cada faixa do álbum é meticulosamente trabalhada, explorando livremente direções que desafiam géneros musicais, e que só fazem sentido através da abordagem DIY na mistura, e de uma sonoplastia de assinatura. Motivos recorrentes incluem guitarras inspiradas pelo post-punk, sintetizadores dos anos 80 e linhas de baixo modernas.
📸 Larissa Ferreira
