Dois dias, duas obras, a luz, rapidez e ruído de Lumina e a escuridão, lentidão e o silêncio de Umbra.
Lumina, a mais recente obra de Bestiário, estreia em Lisboa, no Centro Cultural de Belém acompanhada por uma das primeiras produções do coletivo, Umbra, em dua apresentações conjuntas, a 6 e 8 de maio.
Tendo o desenho de luz de Manuel Abrantes como ponto de partida para a criação, Lumina nasce da necessidade de falar sobre a luz, a rapidez e o ruído.
Lumina, a sétima obra de Bestiário, é também uma proposta de um caminho diferente para o processo artístico.
Assim como é a luz, omnipresente e ininterrupta, que dita ao Homem contemporâneo o seu modus operandi 24/7, o desenho de luz de Lumina dita a construção plástica e poética da equipa artística.
Esse excesso e essa velocidade servem de pontos de fuga para a dramaturgia. E, para ser fiel à proposta de criar um espetáculo em volta do conceito de Luz, só é justo que se parta dela.
Ao espectador é colocado o desafio de escolher o encontro: ver um só espetáculo, ver ambos no mesmo dia, em dias separados, em que ordem? O que vem primeiro, a luz ou a sombra?
A 6 de maio, Umbra apresenta-se às 18h30, seguindo-se Lumina, às 21h00. Já a 8 de maio, a proposta é de reverso: Lumina apresenta-se às 18h30 e Umbra às 21h00.