Companhia do Chapitô prepara-se para levar a cena “Antígona 3 por 3,5”

A Companhia do Chapitô prepara-se para levar a cena uma das mais aguardadas inadaptações: “Antígona 3 por 3,5”.

Esta nova criação colectiva da Companhia do Chapitô, a 38ª do seu repertório, continua a explorar o estilo de comédia visual e física que convida à imaginação do público.

 

Transformar a tragédia em comédia, valorizando-a pelo seu poder de questionar todos os aspectos da realidade física e social, tem sido uma das premissas desta Companhia.

Eis a narrativa: após a morte de Édipo, a regência de Tebas foi dividida entre os seus dois filhos, Etéocles e Polinices, que acordaram alternar o poder por períodos iguais. No final do primeiro período, Polinices vem tomar o seu lugar e é impedido por Etéocles. Junta-se ao rei de Argos iniciando uma guerra com o seu irmão, da qual resulta a morte de ambos.

Creonte, tio dos dois irmãos, sobe ao poder e decreta que Etéocles deverá ser sepultado com todas as honras religiosas, e a Polinices, encarado como traidor, é-lhe negado o direito à sepultura.

Inconformada com esta situação a sua irmã Antígona, contrariando o decreto de Creonte, inicia os rituais fúnebres a Polinices, sendo apanhada pelo mesmo e condenada a ser emparedada viva.

Nesta tragédia de Sófocles, o desenlace é assim mesmo, trágico. Morrem quase todos os intervenientes diretos desta história, com exceção de Creonte, que fica até ao final da sua vida a expiar os seus erros.

 

Destruir, transformar e reciclar tragédias tem sido uma das práticas da Companhia do Chapitô. Encontrar um olhar diferente sobre os textos, recriando-os e contando as histórias de uma forma clara e original. O trabalho do ator é sempre privilegiado, o ator transforma-se em som, ambiente, cenário. Três atores são toda uma nação, um reino.

 

“Antígona 3 por 3,5” estará em cena de 3 de Março a 24 de Abril no Chapitô, de quinta a sábado às 20h30 e domingo às 17h00

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