Ciclo Dancem!21 está de regresso ao São João

Ciclo Dancem!21 está de regresso ao São João com três espetáculos. Né Barros, Olga Roriz, Sofia Dias e Vítor Roriz são os criadores das performances que vão ser apresentadas entre 15 e 24 de janeiro

 

No primeiro mês do novo ano, a palavra de ordem nos espaços do Teatro Nacional São João (TNSJ) é apenas uma: dança. Esta será a principal proposta do Dancem!21, ciclo que agora regressa, depois da última edição que teve lugar em 2014, e que congrega três espetáculos de criadores nacionais, entre os dias 15 e 24 de janeiro. Do cartaz fazem parte Neve – Paisagens, Máquinas, Animais, dirigido por Né Barros; Sons Mentirosos Misteriosos, concebido pela dupla Sofia Dias & Vitor Roriz; e Autópsia, a mais recente criação da coreógrafa Olga Roriz.

 

A abertura do ciclo fica a cargo de Neve – Paisagens, Máquinas, Animais, nos dias 15 e 16 de janeiro, no TNSJ. Dirigido e coreografado por Né Barros, e interpretado pelo Balleteatro, em Neve o público encontra uma fusão entre a dança e o teatro, que privilegia a paisagem, tema recorrente na carreira da coreógrafa. O espetáculo propõe ao público uma colaboração interdisciplinar entre a música, o cinema e a cenografia, resultado de uma parceria com Carlos Guedes (música) e Filipe Martins (cinema), após um primeiro trabalho comum aos três, realizado em 2007.

 

Nos dias 21 de janeiro, às 19h00, e 22 de janeiro, às 10h00, sobe ao palco do Teatro Carlos Alberto (TeCA) Sons Mentirosos Misteriosos, com direção artística da dupla Sofia Dias & Vítor Roriz. Nesta criação, o destaque vai para o sonoplasta Nuno Bento, artista foley (técnica que permite criar em estúdio diferentes sonoridades do dia-a-dia), e para o poder do som, elemento com protagonismo central neste espetáculo voltado para o universo infantil. Em Sons Mentirosos Misteriosos é recriada uma paisagem sonora, concebida a partir do encontro entre som e imagem e dividida entre a realidade e a ficção.

 

O Dancem!21 termina com Autópsia (na foto), uma criação de Olga Roriz e da sua companhia, que encontra nos solos dos intérpretes a dor perpetrada em seis paisagens do planeta, desde Chernobyl à Antártida, entre outras regiões ameaçadas. Este adeus à humanidade gira em torno da vida e da morte, num exercício que incita a introspeção do público e que convida a dissecar o mal-estar de cada um dos espectadores. Será, afinal, a dança uma solução para um inevitável despertar coletivo? A resposta será dada em duas récitas, agendadas para 23 de janeiro, às 11h00, e 24 de janeiro, às 11h00, no TNSJ.

 

photo: Paulo Pimenta

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