Carolina Deslandes… Caos no trânsito do porto

Ontem, dia 7 de dezembro de 2023, a partir das 18:30 da noite, encontrar um Uber Assist, ou um Táxi foi praticamente uma missão impossível.

Não havia jogo no Dragão, aliás, o mundo ao contrário do que muitos pensam, não gira em torno do futebol. O trânsito caótico tinha um nome, Carolina Deslandes, na Super Bock Arena.

E foi lindo de se ver, a Super Bock Arema completamente cheia de famílias inteiras, de crianças de ambos os sexos, de teenagers, que sonhavam há muito com este concerto.

Não entendo o porquê de tanta discórdia, insultos, nas redes sociais, em torno desta mulher. Mulher, mãe de três filhos, compositora, intérprete, que cria e brinca com as palavras.

O concerto foi, visualmente, muito bem conseguido, pelo menos para mim, sobretudo na interpretação do tema “Saia Da Carolina”, com o vídeo no ecrã gigante, com o público todo em pé a cantar, a bater palmas, e a dançar. O vídeo que representa as três gerações da sua família, no ecrã vimos  a avó, a mãe, a irmã, e a própria Carolina.

Todo o concerto é digno de destaque, pelas suas interpretações, que todos cantaram a plenos pulmões; pelas luzes dos telemóveis ligadas, na escuridão da Super Bock Arena; pela música dedicada ao avô; pelas suas palavras, sem filtro, diretas, incisivas, cruas, que nos fazem pensar, e que faz com que a maioria dos seus haters sejam do sexo masculino.

Destaco os temas “Raiva”; “A Vida Toda”; “Avião De Papel”; “À Tua Porta”, por uma questão de gosto pessoal.

Destaco as interpretações com os convidados, sobretudo com Diogo Piçarra, no tema “Anjos”, o tema é lindíssimo,e as duas vozes juntas casam na perfeição; e com o Agir, no tema “Mountains”, embora prefira a versão original. Não sei se é uma fixação minha, mas adoro a voz do Agir, e tenho pena que ele não cante mais, que esteja mais no papel de produtor.

Diogo Clemente não esteve na Super Bock Arena, devido a outros compromissos profissionais, mas fica para uma próxima.

Concluindo, o concerto valeu muito a pena, cada minuto foi especial, sobretudo para a criança com orelhas luminosas, que no final do concerto, como prometido pela cantora, foi cantar com ela.

O regresso a casa foi, também, um Caos, porque para além do trânsito, S. Pedro abriu as torneiras na máxima potência.

Volta ao Porto, Carolina.

Casa é onde somos felizes, e bem recebidos.

A noite de emoções valeu muito a pena, porque as tuas canções invadem o coração.

🖋 Ana Cristina

📸 Sérgio Magalhães

Partilha