Angola distingue Waldemar Bastos

No passado dia 31 de Outubro, o músico Waldemar Bastos foi o artista distinguido com o Prémio Nacional de Cultura e Artes, edição de 2018, na categoria de música. Segundo o júri, sediado em Luanda, este prémio foi-lhe atribuído como “incentivo pelo facto de as suas composições e interpretações incidirem sobre a música revolucionária, popular urbana e clássica de dimensão nacional e internacional”.

 

African Legend, the Visionaire, assim o apelida a imprensa internacional. Nascido em Angola há 63 anos na província de São Salvador do Congo, berço da cultura de África, Waldemar Bastos é um dos grandes nomes mundiais da World Music. Considerado por muitos o maior representante da Lusofonia no mundo atualmente, é um artista com uma sonoridade muito particular, que ele próprio define como “afro-luso-atlântica”.

 

A música faz parte da sua vida desde sempre. É um “cantandor” de histórias, desde o Atlântico às longínquas montanhas de África. Trabalhou com David Byrne, Chico Buarque, Arto Lindsay, Ryuichi Sakamoto, Keiko Matsui, Brian Eno, David Sylvian, Jacques Morelenbaum, Busta Rhymes, Dori Caymmi, Dulce Pontes…, gravou com a London Symphony Orchestra, a Orquestra Gulbenkian e a Brazilian Municipal Orchestra. De referir ainda que foi o único músico não fadista a quem coube a honra de cantar no Panteão Nacional na transladação do corpo de Amália Rodrigues – que era sua amiga e fã. Também atuou a convite do Governo Alemão nas comemorações dos 25 anos da queda do Muro de Berlim.

 

A sua sonoridade é única, por isso enche plateias desde o Japão ou Coreia do Sul ao Brasil, da Alemanha à Europa de Leste, dos Estados Unidos a África, e, claro, Portugal.

 

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