A essência dos Pulp em Jarvis Cocker marcou o NOS Primavera Sound

6 Junho, 2019

A essência estava lá… Jarvis Cocker mostrou com esta segunda vida do seu projecto a solo JARV IS, que a música que ajudou a criar já no longínquo ano de 1978 em Sheffield não ficou para trás.

É verdade, a carreira dos Pulp começa a desenhar-se em finais dos anos 70, Na altura o puto irreverente Jarvis Cocker dava nas vistas em parte pelas letras das canções que marcavam a diferença e pela sua presença em palco. Foi assim em “it”, o álbum de estreia de 1983 e afirmou-se em 1987, com o segundo disco “Freaks. Ten Stories About Power, Claustrophobia, Suffocation And Holding Hands”. O nome dizia tudo, e dizia também o seria a carreira dos pupilos de Jarvis nos anos 90 quando a brit pop invade os tops e os gostos de uma juventude que se tornava adulta depois de viver os anos 80 de uma forma irreverente, a chamada “Common People”.
Jarvis carrega esse simbolismo ao longo dos anos.
Em 2006 arrisca com o primeiro disco em nome própria através da Rough Trade. Rapidamente percebemos que a essência, o pulpo das canções estava sempre lá e Jarvis não esconde isso. Jarv Is é uma “second life”, o entrar na sua segunda idade mas mantendo a juventude e a irreverencia de outros tempos.

Em palco, aquele que sem duvida foi o grande concerto do primeiro dia do NOS Primavera Sound 2019, esse ‘pulpo’ esteve lá, sempre, do principio até ai fim, mesmo quando recuperou “His ‘n’ Hers” do projecto original e quando vestiu de novo as canções que marcaram a sua carreira a solo desde 2006.
Jarvis é agora JARV IS, e é aquilo que queremos, é aquilo que queremos definir, mas acima de tudo são canções que continuam a marcar a essência pop britânica ao longo dos anos.

Venham mais Jarvis que o público agradece a e música enriquece.