Um Coliseu do Porto, lotado aguardava ansiosamente o início do espetáculo.
Não é atoa que Seu Jorge possui uma legião de fãs em Portugal, sendo um dos músicos Brasileiros, mais querido no País. Aquela voz grave, aquele timbre inconfundível, encantou mais uma vez a plateia presente, constituída na sua grande maioria por Portugueses.
Um concerto diferente, um concerto mais minimalista, menos músicos em palco e mais intimista do que o habitual, onde o público pode rever os seus maiores sucessos de uma outra forma.
É um pouco estranho, assistir um concerto do Seu Jorge sentado.
Certas letras e melodias são praticamente impossíveis de escutar e sentir, sem dar a vontade de mexer o corpo, dançar e sambar. Bastava olhar para ao lado e ver o público mexer se nas cadeiras, movimentando os quadris, braços e pernas como se estivessem numa grande festa, num grande “churrasco”. (até o Seu Jorge, fez o mesmo algumas vezes)
Mesmo presos a uma cadeira o público, não deixou de acompanhar e vibrar, cantando em coro os seus maiores sucessos atuais e da época do “Farofa Carioca”, como por exemplo, “Amiga da Minha Mulher” onde o Coliseu desperta para um grande coro; “Pretinha” com direito a revelação, de que foi escrita baseada em fatos reais, para explicar porque tinha chegado atrasado ao encontro com a sua namorada da época. Uma verdadeira declaração de amor e “Burguesinha” tocada no encore e aguardada ansiosamente pela plateia.
Seu Jorge volta a atuar nos dias 21 e 22 de junho no Salão Preto e Prata do Casino Estoril.
Reportagem e Fotografias: Sergio Pereira