Zarco… 5 Marialvas à descoberta da Pop

Zarco era um homem de descobertas. Um navegador que viveu no tempo em que ainda havia muito para descobrir. 5 séculos depois pode-se dizer que já está tudo descoberto, principalmente a nível musical.
Mas os Zarco, a banda, o membro mais recente de uma família chamada Cuca Monga, são a prova que em 2019 a música ainda é um caminho a desbravar na descoberta de novas sonoridades agarradas a fio condutor.

A pop sempre foi o lado musical mais ligado à cultura popular, no fundo as canções que o ‘povo’ queria e gosta de ouvir. Mas a pop que conhecemos nos anos 60 com os The Beatles ou a pop do inicio dos anos 80 com a corrente New Age, passando pelo brit pop dos 90’s com Blur ou Oasis, tiveram o seu tempo, quem sabe o “Spazutempo”, nome que estes 5 mariolas escolheram para o seu álbum de estreia.

Um tempo muito próprio que os permite viajar pelas correntes da música pop que bebe inspiração em desvios acentuados pela canção popular, pela canção de intervenção e imagine-se só desvios por ambientes jazzísticos de uma qualquer club noturno, mesmo dos mais obscuros.
Zarco é isso mesmo, festa e alegria, cultura e tradições, intervenção qb e canções que se adaptam às circunstâncias e locais onde se encontram, basta relembrar o trocadilho da noite passada com a canção “Tava Num Bar” que derivou em coro para “Tava em Ovar”, sim em coro pois com Zarco, todos são uma só voz.

Os Zarco estiveram em Ovar, numa ante estreia mundial e universal de “Spazutempo” que é apresentado este sábado em Lisboa.
O NOVO acolheu estes 5 marialvas que perdidos no seu tempo, descobrem caminho furtivos de uma pop que está sempre em mutação e adaptação. Segundo eles, é tudo uma “Feira das Memórias” do “Arco Da Velha”.

Fotografias / Reportagem: Paulo Homem de Melo

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