Vozes da Escrita de regresso ao Vodafone Paredes de Coura

António Zambujo, Sara Carinhas, Manuela Azevedo, Kalaf e José Eduardo Agualusa são os convidados das Vodafone Vozes da Escrita.

A actriz e encenadora Sara Carinhas e os músicos Manuela Azevedo e António Zambujo formam o trio de dia 16 de Agosto. O escritor José Eduardo Agualusa e o músico e escritor Kalaf Epalanga são a dupla de dia 17 de Agosto. São estes os cinco convidados da edição deste ano das Vodafone Vozes da Escrita que, pelo quarto ano consecutivo, vão protagonizar sessões de leitura na Praia Fluvial do Taboão.

Sara Carinhas iniciou o seu percurso como actriz em 2003. Manoel de Oliveira, Alberto Seixas Santos e Manuel Mozos foram alguns dos nomes com quem colaborou em cinema. Já em teatro trabalhou com Adriano Luz, Beatriz Batarda, João Mota, Marco Martins e Ricardo Pais, entre outros. A vontade de se desafiar levou-a a arriscar a encenação em 2013, com a adaptação de “As Ondas” de Virginia Woolf. Dois anos depois subiu ao palco do Teatro São Luiz, em Lisboa, com “Baile”, onde contracenou com Manuela Azevedo, a carismática vocalista dos Clã, numa peça que combinava teatro, dança e música. Em 2017, a actriz participou no espectáculo-tributo que António Zambujo dedicou a Chico Buarque, revelando igualmente os dotes de cantora.

A primeira sessão de leitura na Praia Fluvial do Taboão vai, assim, juntar Sara Carinhas a dois dos nomes maiores da música nacional: Manuela Azevedo, conhecida pelo seu percurso à frente dos Clã, mas também com incursões no teatro ao lado de Bruno Nogueira (“Deixem o Pimba em Paz”) e, mais recentemente, na peça “Montanha-Russa”, de Inês Barahona e Miguel Fragata; e António Zambujo, músico natural de Beja que cresceu a ouvir cante alentejano e se apaixonou, ainda pequeno, pelo fado, fazendo do cruzamento entre os dois estilos musicais a base das suas composições.

 

De profunda amizade também é feita a relação de Kalaf Epalanga e José Eduardo Agualusa, duas das vozes mais proeminentes da cultura angolana. O afeto que nutrem um pelo outro é público, com Agualusa a apadrinhar, inclusive, a estreia de Kalaf como romancista no final de 2017, quando este lançou “Também os Brancos Sabem Dançar”.

É a literatura que ocupa agora a veia criativa de Kalaf, que antes de se assumir como romancista construiu um património musical que dispensa apresentações com os Buraka Som Sistema. Kalaf é ainda autor de “O Angolano Que Comprou Lisboa (Por Metade do Preço)”, livro que reúne as crónicas que foi publicando ao longos dos anos no jornal Público e no portal Rede Angola. Actualmente vive e trabalha entre Lisboa e Berlim.

José Eduardo Agualusa, nome incontornável da literatura lusófona, estreou-se como romancista em 1989 e, desde então, já soma a publicação de 13 romances, traduzidos em mais de 30 idiomas. A par disso, é autor de colectâneas de contos e diversos títulos para crianças. Divide o seu tempo entre Lisboa e a Ilha de Moçambique.

 

As actuações realizam-se, nos respetivos dias, no palco Jazz na Relva, às 13h e, à semelhança de anos anteriores, os convidados vão preparar duas sessões de leitura inéditas, proporcionando aos presentes nas margens do rio Coura momentos especiais em torno das palavras, que só podem acontecer num festival tão particular como o Vodafone Paredes de Coura.

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