Com uma letra muito curta, diz que não é por querer incluir muitas influências ou complicar muito uma canção que esta será especial para quem a compõe. Fala daquela faísca de inspiração algo misteriosa que é difícil explicar de onde vem. Foi uma canção escrita muito rapidamente e que desde aí Aníbal Zola teve sempre muito medo de lhe mexer por achar que estava perfeita só assim, simples.
Por sentir que é a música mais “redondinha” do disco, o artista sentiu que era a escolha óbvia para primeiro single do álbum.
O videoclipe, realizado por Mimi Sá Coutinho, desta música não tem nenhuma ideia de enredo cinematográfico a não ser uma boa fotografia, a música fala bem por si só. De salientar o pequeno brinquedo utilizado para simular os sopros, da Fábrica de Brinquedos Pepe, comprado na Feira do Capão em Freamunde. Segundo o vendedor, nem os chineses conseguem imitar esta relíquia!
“amortempo” é essencialmente um disco de canções em português com uma abordagem musical de busca de identidade produzido por um contrabaixista. Resulta do desejo de juntar o contrabaixo e a voz a um conjunto generoso de participações de outros músicos extremamente talentosos que têm vindo a cruzar-se com Aníbal Zola. Procura essencialmente fundir música portuguesa com música latino americana e dá, com frequência, espaço para a improvisação. As letras não são mais do que as próprias inquietações do artista que se espelharam em temas já muito explorados pela humanidade, e que, em Aníbal Zola, surgiram através de um processo bastante inocente.
“amortempo” tem o apoio da Fundação GDA no âmbito da Edição Fonográfica de Intérprete e será editado no dia 28 de Fevereiro.
29 Fevereiro / Porto, CCOP – Apresentação do disco com presença de todos os participantes
13 Março / Vermil, Centro e laboratório artístico Clav Live Sessions – Concerto a solo
14 Março / Amarante, 3 Mini Festival de Artes – Concerto a solo
12 Junho / Setúbal, Casa da Cultura – Concerto em trio
Photo: Catarina Carvalho