Um novo ano arranca e a Casa apronta-se para receber…

A Casa da Memória de Guimarães (CDMG) entra no novo ano recheada de bons motivos para lhe batermos à porta. O Guia de Visita do mês de janeiro é Eduardo Pires de Oliveira, especialista em arquitetura e arte barroca, que irá lembrar e falar do vimaranense Feliciano Mendes, pai da obra mais importante do barroco colonial. O primeiro Domingos em Casa deste ano convida os participantes a bordar memórias e, no final do mês, a oficina de culinária À Roda das Estações irá celebrar os sabores de inverno. Importante lembrar a oportunidade para (re)visitar a exposição permanente “Território e Comunidade” – recentemente celebrada em livro – e a mostra temporária “Raimundo Fernandes, Um Colecionador de Guimarães”. Mais do que uma visita contemplativa, a Casa da Memória oferece aos visitantes uma experiência, ao conhecer e mergulhar na essência da comunidade viva que identifica e distingue Guimarães.

No primeiro sábado do mês (6 de janeiro), o Guia de Visita de janeiro, Eduardo Pires de Oliveira, parte da Casa para o mundo numa visita gratuita em que irá lembrar e falar do vimaranense Feliciano Mendes, pai da obra mais importante do barroco colonial Brasileiro – o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, Minas Gerais, que se começou a edificar em 1757. Especialista em arquitetura e arte barroca, Eduardo Pires de Oliveira é doutorado em História da Arte pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto e investigador integrado do Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

A 21 de janeiro, a partir das 11h00, a primeira edição de 2018 do Domingos em Casa surge sob o mote “O Fio da Conversa” e convida os participantes a pensar, olhar, escutar, criar, fazer, sentir. Na sala, na cozinha, à mesa ou lá fora, procuram-se diferentes interpretações para factos históricos, tradições, lendas, pessoas, lugares ou objetos, encontrados no espaço expositivo. Em janeiro, o desafio leva a bordar memórias. No aconchego da Casa, propiciam-se, encontros entre famílias, amigos, gerações, artistas e artesãos. E ideias também. A participação carece de inscrição prévia.

A culminar a programação de janeiro, no dia 27 senta-se À Roda das Estações, uma oficina de culinária com o tema Inverno – o Pão, o Codorno e as Urtigas que celebra os sabores desta época do ano. Recebendo discretamente o inverno, mais soalheiro este ano que nos demais, deixa-se a folha cair e o frio chegar. Para nos confortarmos com o que mais nutre o nosso âmago, busca-se comida cuidadora. E nada melhor que ficar a conhecer o processo do pão, as suas tradições e a sua ligação com a mulher ao longo da história. Para encerrar este ciclo de sazonalidade, a CDMG convida a investigadora do pão em Portugal, Mouette Barboff. Esta oficina em torno da culinária abordará, também, a doçaria portuguesa através do projeto No Ponto, que nos falará da aplicação do pão na doçaria e, para ajudar a tudo transformar, contará, ainda, com a presença dos cozinheiros e exploradores de ideias comestíveis Álvaro Dinis Mendes e Liliana Duarte, do projeto Cor de Tangerina. A oficina À Roda das Estações é igualmente sujeita a inscrição.

Âncora da História e da Cultura de Guimarães, a Casa da Memória convida-nos, ao longo do mês, a explorar a exposição permanente Território e Comunidade, onde se pode encontrar histórias, documentos, factos e objetos que permitem conhecer diferentes aspetos da comunidade vimaranense através de um largo arco temporal, bem como a exposição temporária Raimundo Fernandes, Um Colecionador de Guimarães” – programada no âmbito do ciclo de exposições temporárias “Memento (Lembra-te)” – que nos desvenda uma mostra fascinante, preservada por um dedicado colecionador vimaranense.

Com entrada livre, esta exposição poderá ser visitada na Casa da Memória até 4 de março de 2018.

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