Um furacão chamado Jacob Collier no EDPCoolJazz

A palavra furacão traz uma conotação negativa mas ao mesmo tempo desperta a curiosidade. Falar de Jacob Collier é falar da curiosidade que despertou em Quincy Jones, é falar de uma energia em palco capaz de fazer frante a um furacão, mas acima de tudo é falar da capacidade que este jovem britânico de se apresentar em palco controlando o público como ninguém.

Ao terceiro dia de concertos do festival de Cascais, a abertura do palco instalado no hipódromo estava à responsabilidade de jovem irrequieto, incentivando a plateia a fazer parte do concerto apoiando nas “back vocals”.
O público jovem que aguardava a entrada no espaço fazia antever que a nova perola da música britânica estava a criar o buzz necessário para que para muitos, o chamado cabeça de cartaz ficasse para segundo plano.

Não é para menos, depois da passagem em janeiro pelo Cineteatro Capitólio juntamente com Rob Mullarkey, Pedro Martins e George “Spanky” McCurdy no formato Jacob Collier and Friends, Collier chegava ao EDPCooljazz com a lição bem estudada como conquistar o público nacional, mais uma vez-
Na bagagem vinha o seu mais recente disco, “Djesse”, que sabiamente apresentou em palco através de um modelo único de actuação ao vivo, com um círculo de instrumentos, harmonizers de voz e loopers que não deram tréguas a este jovem de 24 anos ao longo de 60 minutos.
Voltando ao furacão, Collier é isso mesmo, um furacão musical que certamente será recordado por muito tempo nas memórias do EDPCoolJazz. Pode-se dizer que Collier não veio dar um mero concerto, mas sim um espectáculo que engloba música e que contou em palco com a presença da Portuguesa, Maro, igualmente bastante ovacionado pelo público presente.

Reportagem / Fotografias: Paulo Homem de Melo

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