Tiago Vilhena lança 2 músicas do novo disco

São em conjunto as novas mostras do segundo álbum do Tiago Vilhena em nome próprio. Terceiro álbum a solo contando com o seu passado como George Marvinson.

 

A “Julinha” é o novo single do novo disco, a aposta para a rádio. Com um ritmo brasileiro, descreve uma rapariga na sua viagem a Portugal à procura de uma vida. Um cenário muito comum hoje em dia e que, portanto, é pertinente ficar registado na canção portuguesa que também serve para contar histórias e assinalar momentos, tendências e costumes. No refrão, é usada uma expressão eternizada pelo Tom Jobim e recontextualizada para mostrar que o passado continua aqui, nas nossas memórias, apesar de vivermos tempos muito diferentes. “É pau, é pedra” pode querer dizer tantas coisas que nem vale a pena tentar fechar caminhos. É uma canção objetiva com subjetividade suficiente para ter interpretações e representações sem fim.

 

A “Etelvina” descreve um diálogo do Tiago Vilhena com a sua avó que tem o nome da cantiga. Aqui, ela tem um pensamento conservador e precavido enquanto que ele, em resposta, tem um papel progressista e de certo modo inconsciente e irreverente. Nenhum é tido como o dono da razão e, portanto, há ensinamentos a absorver dos dois, ou pelo menos fica essa hipótese em aberto. Numa conversa amigável e livre, a canção evolui numa festa popular e representa e beleza de uma cultura que avança em círculo e que o faz muito bem. As duas músicas demonstram a curiosidade pelo mundo feminino e a boa disposição que a melodia popular trás ao cantor, o que se contagia para quem o ouve.

 

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