Em contagem decrescente para mais um Super Bock Super Rock!
O Palco EDP é sempre um dos principais motivos de interesse do Festival e este ano surge ainda mais eclético do que é habitual. Os ritmos são diversos e o cartaz para este palco fica completo com mais 3 nomes que atestam essa diversidade: The Parkinsons (dia 19), ProfJam (dia 20) e Isaura (dia 21).
Em Coimbra não há apenas fado e música académica. De Coimbra também já saíram bons exemplares do melhor rock português e os Parkinsons são um bom exemplo. O baixista Pedro Chau e o guitarrista Victor Silveira, conhecido como Victor Torpedo, tiveram a ideia para esta banda, depois de terem feito parte da história dos Tédio Boys (e feito história com eles). No ano de 2000 trocaram Coimbra por Londres, em busca do espírito punk da capital londrina, e foi lá que a formação da banda conheceu dois novos elementos: o baterista Chris Low e o vocalista Afonso Pinto. Depressa ficaram conhecidos pelas suas atuações incendiárias. A entrega era tanta que o derramamento de sangue não era apenas por uma metáfora para a alta energia dos músicos: sentia-se mesmo no corpo de cada um deles. Estrearam-se em disco com “A Long Way To Nowhere”, produzido por Jim Reid e Ben Lurie da mítica banda Jesus and Mary Chain. O sucesso junto da crítica foi imediato e o site britânico NME chegou mesmo a compará-los aos Stooges. Seguiram-se outros discos e mais capítulos de uma história incrível, registada num documentário realizado por Caroline Richards. A banda que já foi considerada por algumas pessoas como a “melhor banda ao vivo de sempre”, está de regresso aos discos e aos concertos em 2018. O dia 19 de julho do 24º Super Bock Super Rock é uma boa oportunidade para conhecer “The Shape Of Nothing To Come” e para celebrar uma carreira cheia de rock.
Em miúdo decorava as letras de Eminem e Jay-Z sem ainda perceber bem o seu significado; hoje afirma-se como um dos principais nomes a seguir no hip hop português. ProfJam sempre gostou de ‘encaixar rimas’ e acabou por dar nas vistas na Liga Knock Out. Esse talento provou-se mais uma vez com o lançamento da mixtape “The Big Banger Theory”. Em março de 2016 criou a sua própria editora, a Think Music Records, e lançou o seu mais recente trabalho, “MIXTAKES”, um registo que é marcado pelo sucesso do single “Queq Queres”. Depois de estudar a lição em Londres no curso de produção e engenharia musical da SAE (School of Audio Engineering), ProfJam voltou a Portugal e tem vindo a protagonizar momentos incríveis nos melhores palcos nacionais. Em 2017 editou singles como “Xamã”, que conta com mais de 2 milhões de visualizações, e “Mortalhas”, com mais de 900 mil. Outra prova do seu sucesso e reconhecimento artístico são também os convites para participações no trabalho de outros. O single “Pensa Bem” dos D.A.M.A conta mais de 4,5 milhões de visualizações. Neste momento, ProfJam encontra-se a preparar o seu álbum de estreia, planeado para final de 2018 e editado pela sua Think Music Records.
Isaura estreou-se em dezembro de 2014 com a música “Useless”, cujo videoclip recebeu mais de 100 mil visualizações no YouTube e chamou a atenção para uma das mais preciosas revelações nacionais dos últimos anos. Seguiu-se “Change It”, editado pela Universal Music Portugal, ao abrigo da parceria com a plataforma Tradiio. “Change It” reforçou a surpresa, tendo conquistado mais de 170 mil visualizações, antecipando o sucesso da edição do EP “Serendipity” em Maio de 2015. Depois de ter assinado contrato com a Universal Music, surge mais uma recompensa do bom trabalho de Isaura: é a compositora e co-intérprete de “O Jardim”, a canção que representa Portugal na final do Festival da Eurovisão de 2018. E entretanto há também novo disco. “Human” já tem dois singles: “I Need Ya” e “Busy Tone”. É caso para dizer que estão reunidas as condições para que a irresistível pop eletrónica de Isaura continue a conquistar os portugueses. O próximo capítulo dessa história de amor está marcado para dia 21 de julho, no Super Bock Super Rock.