The Horrors com um acertivo “V”

Um dos expoentes máximos do indie rock britânico, os The Horrors trouxeram até a sala 1 do Hard club este sábado, toda a sua vivência de uma carreira construída numa sonoridade pos-punk mas com influência de um certo new age de meados da década 80 do século XX. Surgidos em 2005 a banda de Southend trazia “V”, o quinto disco de originais dos britânicos.

Um psicadelismo constante em palco com Faris Rotter a fazer a apologia do verdadeiro índie rock britânico mas seguinte as linhas de “V”, um constante ‘retro lapse’ onde um visual conjugado entre uns Depeche Mode e um Robert Smith dos anos 80 faziam esquecer as origens da banda.

Se o novo álbum era a almofada de suporte para a digressão europeia, os já clássicos da banda, como “Who Can Say” de 2009 ou até “In and Out of Sight” de 2014, não deixaram indiferentes os fãs que apoiaram do início ao fim a apresentação dos britânicos numa noite morna no hard Club, habituado a públicos mais efusivos.

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Frios e obscuros em palco, mas plenos das suas capacidades de construir canções envolventes com a rebeldia única das sua sonoridade, os The Horrors ao quinto álbum já sabem o que querem em palco. Da curiosidade em relação às novas canções, “Hologram” e “Machine” a abrir, mas envolvendo-se no espírito dos temas anteriores, a noite foi igualmente de um verdadeiro throwback até à época de ouro da música independente britânica, transportados para outras dimensões musicais no meio de strobs e efeitos de luzes.

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Ao longo de pouco mais de 60 minutos as 10 canções de “V” foram cruzando o palco e um regresso no final para um encore com mais 2 temas de “V”, “Ghost” e “Something to Remeber me By”, sem antes “Still life” de 2011 ter marcado o concerto.

 

A primeira parte foi assegurada pelos espanhóis Mueran Humanos que infelizmente não conseguiram cativar o público.

 

Reportagem e fotografias: Paulo Homem de Melo

Todas as fotografias dos The Horrors e Mueran Humanos no facebook da Glam Magazine