Teatro Viriato assinala centenário do nascimento de Amália Rodrigues com exposição de fotografias inéditas

A propósito do centenário do nascimento de Amália Rodrigues que se assinala em 2020, o Teatro Viriato desafiou António Cabrita a criar uma exposição com fotografias inéditas da fadista, do espólio do seu avô, o fotógrafo Augusto Cabrita.

 

Ensaio para uma imagem: Amália Rodrigues e Augusto Cabrita – 1967 revela retratos de uma sessão fotográfica de Amália Rodrigues realizada por Augusto Cabrita no Alentejo, em 1967, assim como um dos objetos que acompanha a fadista numa das fotografias que daí resultaram e que compõe a icónica capa do disco Formiga Bossa Nossa editado pela Valentim de Carvalho, em 1969. Fotografias e objeto expostos, pela primeira vez, que procuram (re)construir uma aproximação ao ato criativo do fotógrafo, encerrando em si a permanência no tempo de um momento que ninguém viu, além de Amália Rodrigues e do próprio Augusto Cabrita.

 

“Quando a Paula Garcia me lança o desafio de criar uma exposição com imagens inéditas de Amália Rodrigues para assinalar o centenário do seu nascimento, dentro da programação do Teatro Viriato, senti, imediatamente, o impulso de pensar em algo que não fosse apenas uma exposição de ampliações de fotografias inéditas do espólio do fotógrafo Augusto Cabrita, meu avô, mas sim, algo que aproximasse o público da fotografia, na sua dimensão analógica/real. Até porque há algo de muito particular, no ato de poder expor um espólio que tem estado guardado, objetos únicos que aguardam uma intenção e oportunidade, que sempre me incutiram, desde cedo, a responsabilidade de os preservar até surgir o momento certo. Revelar o lado oculto da criação de uma fotografia que é uma capa de um disco, desvendando momentos do processo de construção dessa imagem transformou-se, rapidamente, no mote desta exposição que estará patente ao público, no Teatro Viriato, durante o ano de 2020”, explica António Cabrita.

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