“SAMOTRACIAS” estreia esta semana em Loulé com histórias de mulheres migrantes

Les Samothraces”, de Nicole Caligaris, inspira nova criação que dá voz e ouvidos às histórias de mulheres migrantes.

Com estreia a 21 de Outubro e fruto de um processo criativo colectivo, próximo da comunidade migrante feminina no Algarve, “Samotracias” confronta-nos com as realidades e os sonhos nascidos e feridos entre fronteiras.

Em “Samotracias”, Pepita, Sandra e Sissi, três mulheres de diferentes gerações, nacionalidades e idiomas – português, espanhol e francês -, têm em comum, pelo menos, dois aspectos: o género feminino e o desejo de ir embora. Numa viagem cruel, cruzam-se os destinos e a coragem de uma jovem que busca enriquecer, de uma mãe viúva que se recusa a um casamento forçado e de uma senhora que, passadas décadas de servidão, procura um outro fim para a sua vida. Como podem os seus sonhos e propósitos resistirem?

Em 2022, com tantas guerras a criarem raízes, como não se tornar uma Samotrácia — este símbolo da deusa grega da Vitória paralisada no tempo, rebentada e sem rosto?

 

Com direcção artística de Carolina Santos e co-criação de Letícia Blanc e Ulima Ortiz, também as intérpretes desta história, a peça é inaugurada esta sexta-feira, a 21 de Outubro, no Cineteatro Louletano (Loulé), pelas 21h00, e segue ao longo do fim do mês em digressão pelos palcos do Algarve — no dia 23, pelas 17h00, no Auditório Carlos do Carmo (Lagoa), e nos dias 28 e 29, às 21h00, no IPDJ (Faro), antes de rumar à capital portuguesa

 

photo: J.Catarino

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